Ela está no ar

0
496

Todas as manhãs, na Rádio Bebedouro AM, entra no ar uma das vozes mais conhecidas da cidade, Claudinha Fran. Com simpatia, música e muitas receitas, ela transmite confiança para suas ouvintes. Para Gazeta, ela revela sua trajetória.

RB - Jornalista Claudinha Fran é uma das vozes mais queridas da cidade.

Gazeta de Bebedouro – Como foi crescer em uma família tão grande?
Cláudia Cristina Francisco – Minha família sempre foi muito unida, porque um cuidava do outro. Eles começaram a trabalhar cedo para ajudar minha mãe. Ela ficou viúva muito nova. Meu pai morreu quando eu tinha um ano e seis meses. Nem deu para fazer uma história com ele. Ouço muitas histórias do jeito dele ser, enérgico e bravo. Meus irmãos dizem que meu pai batia em que fizesse coisa errada. Era uma forma enérgica que nem se usa mais, hoje em dia. Mas tenho orgulho deles. Todos e todas tornaram-se pessoas honestas. Minha mãe sempre dizia a seguinte frase, “meus filhos são simples, mas são trabalhadores e honestos”.

GB – Qual a causa da morte de seu pai?
Cláudia – Ele morreu em decorrência da doença de chagas. Ele tinha apenas 44 anos. Faleceu muito novo.

GB – Ao longo de sua vida, fez falta a presença dele?
Cláudia – Fez falta em muitos momentos. Mas minha mãe conseguiu muito bem suprir esta ausência.

GB – Entre seus irmãos, algum assumiu o papel de pai de todos?
Cláudia – Sim, meu irmão Leopercio. Na minha infância e adolescência sempre senti a presença forte dele. Sempre agia como se fosse um pai, me aconselhando, corrigindo e me dava muitos conselhos. Os outros irmãos e irmãs tinham casado. E ele ficou mais próximo e deu muito apoio. Eu nasci em uma casa próxima à antiga ponte seca, no final da rua Sete de Setembro, próximo ao Córrego Bebedouro. Naquela região, viviam muitas famílias. Durante o mandato do prefeito Hércules Pereira Hortal, parte daquela área foi desapropriada para que fosse construído o Viaduto da Hamleto Stamato. Em compensação, foram dadas casas para os moradores aqui no Jardim São Benedito. Minha mãe ganhou uma casa, junto com o senhor Silvestre Tíchio, dono de um armazém, na esquina da rua Duque de Caxias.

(…)

Leia mais na edição nº 9667, dos dias 8, 9 e 10 de março de 2014.