Eleições de 2014 pautam conversas e sessões

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Políticos especulam sobre candidaturas locais, mas há muitos comprometidos com quem já está eleito.

As eleições para deputados, senadores, governadores e presidente serão só em outubro de 2014, mas quem acompanhou a última sessão ordinária da Câmara Municipal percebe que a campanha eleitoral já começou e quem tem candidato.
Por enquanto, a briga está polarizada entre o PT e PSDB, rotina nos pleitos das últimas décadas. É aquela eterna polêmica entre quem fez melhor FHC ou Lula.
Outra coisa que virou tradição é esta história de defender candidatura única por Bebedouro. Desde os tempos do saudoso deputado estadual Pedro Paschoal, a conversa é conseguir vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo.
É preciso recordar a trajetória politica de Pedro Paschoal que sabiamente construiu sua carreira como bom prefeito e administrador e líder regional antes de pedir o voto da população. Em resumo, ele fez por merecer.
Por enquanto, nenhum dos nomes cotados a candidato a deputado estadual ou federal tem currículo semelhante. Além disto, muitos passam longe do comportamento humilde e conciliador de Pedro Paschoal.
Para piorar as chances dos pré-candidatos bebedourenses à Assembleia e à Câmara Federal, entre os vereadores, que são os potenciais puxadores de votos, muitos estão comprometidos com quem já está eleito. Muitas vezes, o ato é a retribuição pelo que conseguiram em verbas para Bebedouro ou pelo apoio para serem eleitos vereadores.
O resultado disto é que muitas candidaturas apenas servirão de ensaios para a briga pelo comando da Prefeitura de Bebedouro em 2016. Os candidatos apenas ajudarão a aumentar o coeficiente dos partidos. Alguns sabem disto, outros parecem fingir ignorância.
Trata-se apenas de palanque com vistas a 2016, eles sabem disso, mas os eleitores não podem desperdiçar seus votos com candidatos que só querem estar na mídia, não têm chances de viabilizar suas candidaturas e atrapalham quem realmente ajuda a cidade.
Nunca houve na história de Bebedouro, nem no tempo de Pedro Paschoal, candidatura única, mas sim um nome forte capaz de vencer um pleito tão competitivo. Quem pensa que vai atingir este objetivo em apenas um ano, vai perder tempo e fazer muita gente de trouxa.

Publicado na edição nº 9544 dos dias 9 e 10 de maio de 2013