

Em 15 dias, Bebedouro registrou 1.029 casos positivos de Covid-19, média de 68,6 novos casos/dia. Boletim de terça-feira (15), confirma 15.272 positivados desde o início da pandemia, sendo 577 novos casos desde sexta-feira (11). A coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Thaís Teixeira, confirma que o número alto de confirmações “se deve à chegada dos exames que estavam represados nos laboratórios”. Agora, o número de pacientes aguardando resultados é de 241 e outros 30 estão sendo monitorados.
Na primeira quinzena de fevereiro, foram 11 óbitos em decorrência da doença, com mais quatro confirmações desde a última atualização da Gazeta, no sábado (12). Boletim de segunda (14), confirmou óbito de mulher, 91, na UPA, com diabetes. Boletim de terça (15), confirmou mais três mortes: homem, 71, no Hospital Municipal, sem comorbidades; homem, 86, na rede privada, cardiopata e com sequelas de AVCI e homem, 80, no Hospital Estadual, com hipertensão arterial. Agora, o município contabiliza 363 mortes.
Internações
Boletim informa 70% de ocupação dos leitos de UTI Covid, no Hospital Estadual, com sete pacientes internados, dos 10 leitos disponíveis. Nas enfermarias, são três internados e ocupação de 30%, dos 10 leitos disponíveis, lembrando que os leitos de UTI e enfermaria foram reduzidos, pouco antes da elevação de casos.
Na rede privada, são quatro pacientes em UTI’s (40% dos 10 leitos) e oito em enfermarias (53,33% dos 15 leitos). Não há pacientes internados em leitos de enfermaria do Hospital Municipal.
Vacinação
Segundo o vacinômetro, atualizado pelo governo do estado, até às 16h de terça-feira (15), Bebedouro aplicou 67.644 primeiras doses (87,22% da população); 63.544 segundas doses ou doses únicas, (81,93% da população). 32.325 tomaram a dose de reforço (41,68% da população). Somente com a terceira aplicação, foram 2.702 bebedourenses a mais entre sexta-feira (11) e terça-feira (15).
A coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Thaís Teixeira, está satisfeita com o resultado do Dia C de vacinação contra Covid, no sábado (12), em todas as unidades de saúde: “Aplicamos 1.012 doses, é um número positivo que atingiu nossas expectativas. Importante lembrar que continuamos a vacinação de adultos e crianças, nas unidades de saúde, de segunda a sexta-feira. Além do mais, o vacimóvel continua pelos bairros, estamos fazendo de tudo para vacinar os faltosos”. Atualmente, são 2.700 pessoas sem tomar 2ª dose e 18.100 não voltaram para receber a dose adicional.
Projeto de Vida Pós-Covid
O professor e coordenador do curso de Fisioterapia do Unifafibe, Oswaldo Taube, conversou com a Gazeta sobre a sequência dos atendimentos a pacientes em tratamento pós-Covid, na clínica de fisioterapia da universidade: “Finalizamos 2021 com 37 pacientes em reabilitação. Voltamos às atividades em 7 de fevereiro e 18 pacientes já estão conosco, dando sequência ao tratamento das sequelas”.
O coordenador afirma que os cenários clínicos apresentados pelos pacientes após contaminação pelo vírus são diversos: “Notamos sequelas graves em alguns e em outros, sintomas mais leves. É uma doença nova, que nos surpreende a cada paciente com entrada na clínica. Temos caso, por exemplo, de paciente que ficou 159 dias hospitalizado”.
Taube aponta que algumas sequelas da Covid conseguem ser restabelecidas após tratamento, mas que não é possível afirmar recuperação total em todos os casos: “Temos situações de grande impacto, sequelas cardiorrespiratórias e começamos a entender que nem sempre elas vêm sozinhas, sempre há combinação de outros fatores, como as alterações neuro motoras e neuro periféricas, que temos percebido com maior frequência nos pacientes”.
O coordenador explica que a maioria dos pacientes atendidos pelo projeto é de Bebedouro, mas há pacientes de cidades da microrregião: “Temos parceria com o Hospital de Amor e com as cidades da região. Quando recebemos um paciente, temos acesso a todo o prontuário dele e sabemos, portanto, toda a jornada percorrida por ele dentro do hospital. Ter acesso a isto é importante, pois quando o paciente recebe alta, é preciso dar a ele respaldo, atenção maior e nosso projeto objetiva isto, oferecer este amparo”.
Taube finaliza reforçando a importância do projeto para todos: “Os pacientes ganham com a recuperação e nós, profissionais e alunos, também temos conquistas. Posso citar três frentes positivas: a primeira, pela experiência incrível de conhecer vários cenários em diferentes pacientes; a segunda pela questão humana que vem sendo trabalhada. Muitos de nós perdemos conhecidos, amigos e familiares e tratar destes pacientes que sobreviveram nos faz ser mais humanos. Por fim, cito o respeito, pois com certeza os alunos passam a respeitar mais o paciente, entender a jornada hospitalar dele, os problemas a serem enfrentados e isto tudo é experiência”.
Publicado na edição 10.645 – quarta, quinta e sexta-feira – 16, 17 e 18 de fevereiro de 2022.