Estado e municípios intensificam fiscalização contra avanço do novo coronavírus

Governo estadual acompanhou, na quinta-feira (3), a chegada de 600 litros a granel da vacina Coronavac.

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Em solo brasileiro - Jean Gorinchteyn, João Doria e Dimas Covas recebem 600 litros a granel da vacina Coronavac, correspondente a um milhão de doses. (Divulgação/Governo de SP)

Para garantir a intensificação das ações da Vigilância Sanitária na verificação do uso de máscaras e o respeito às orientações para evitar aglomerações em estabelecimentos comerciais, a Secretaria Estadual de Saúde disponibilizará recursos para aumentar o número de fiscais nas ruas de quarta a domingo, no decorrer deste mês. A ação já tem a participação de 100 prefeituras paulistas.

Balanço – Na quinta-feira (3), o secretário Estadual de Saúde Jean Gorinchteyn apresentou os dados atualizados do avanço do novo coronavírus, no Brasil e em São Paulo. (Divulgação/Governo de SP)

A iniciativa, em parceria com os municípios, terá investimento mensal de R$ 3,6 milhões do Governo de São Paulo, para o pagamento de seis horas de trabalho para agentes do Estado. A intensificação da fiscalização foi um pedido da secretaria executiva do governo estadual para os 62 prefeitos de cidades em atenção, após aumentos de casos e internações por Covid-19, dentre elas Bebedouro.
O objetivo das ações é verificar o cumprimento do Decreto Estadual nº 64.959, de 4 de maio, sobre o uso de máscaras, bem como garantir mais segurança aos clientes, respeito às regras aplicadas para bares e estabelecimentos e distanciamento social.
“Com a proximidade do final de ano, as confraternizações, em locais como bares e restaurantes, tornam-se frequentes e precisamos conscientizar a população que o uso de máscaras e o respeito ao distanciamento social são fatores importantíssimos no combate à pandemia de Covid-19”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn, em coletiva de imprensa, na quinta-feira (3), completando: “A população pode contribuir com a mobilização, denunciando aglomerações e locais onde as pessoas não usam máscaras”.
Segundo o secretário de Saúde, de 2 de julho até 30 de novembro ocorreram 110.233 inspeções, com 1.172 autuações por descumprimento às normas em todo o Estado, sendo 858 estabelecimentos e 363 pessoas que transitavam em locais públicos sem utilizar máscara.
A multa é de R$ 5.025,02 para pessoa jurídica, por cliente sem máscara a cada fiscalização. Já em espaços públicos, como ruas e praças, a autuação é de R$ 524,59 para o cidadão que não estiver usando a proteção exigida.

Em solo brasileiro
O governo estadual acompanhou, na quinta-feira (3), a chegada de 600 litros a granel da vacina Coronavac, correspondente a um milhão de doses, totalizando 1 milhão e 120 mil doses enviadas pela farmacêutica chinesa Sinovac ao Estado de São Paulo.
Esta é a segunda remessa a chegar no país, sendo a primeira de 120 mil doses prontas, recebida em 19 de novembro. No total, serão 46 milhões de doses, sendo seis milhões já prontas para aplicação e 40 milhões em forma de matéria-prima para produção, envase e rotulagem em fábrica própria do Instituto Butantan.
O processo de envase desta primeira remessa de insumos pode levar de quatro a sete dias e envolverá, diretamente, 40 colaboradores do Butantan, com produção ininterrupta.
“Estamos cumprindo mais uma etapa fundamental para disponibilizar a vacina em tempo recorde aos brasileiros. A tecnologia e expertise do Butantan já nos permitem realizar parte do processo produtivo em nossa própria fábrica, e estamos trabalhando para muito em breve, podermos produzir integralmente a vacina, mediante processo de transferência de tecnologia por parte da Sinovac”, declarou o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, explicando que o lote passará por testes para validar a qualidade do produto e também o processo produtivo.
As demais remessas estão previstas para chegar ao Brasil nas próximas semanas. “A vacina estará disponível e o registro na Anvisa, acredito eu, também. Assim, poderemos iniciar um programa de vacinação em janeiro, acredito. Espero que com o apoio do Ministério da Saúde, apesar de todas estas declarações que não citam nominalmente a vacina do Butantan. Nossa expectativa é a de que a vacina seja incorporada, inclusive atendendo ao que o próprio ministro Eduardo Pazuello afirma de que a vacina que estiver disponível e registrada, será incorporada”, ressaltou Covas.
Na coletiva de imprensa, de quinta-feira (3), o governador João Doria anunciou que na segunda-feira (7), também em coletiva, será apresentado o cronograma estadual de vacinação contra a Covid-19.
“60 mil brasileiros podem morrer se a vacinação demorar mais 90 dias, como anunciado pelo governo federal. São Paulo irá vacinar a partir de janeiro, com recursos próprios, caso não tenhamos o apoio do governo federal”.

 

Publicado na edição nº 10539, de 5 a 8 de dezembro de 2020.