Estado solicita registro emergencial de novo lote da CoronaVac

Secretaria Estadual de Educação homologa deliberação do Conselho Estadual da Educação para retorno das aulas presenciais no Estado de São Paulo.

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Autorização - Vice Rodrigo Garcia e João Doria reuniram-se no Instituto Butantan, no domingo (17), para acompanhar a deliberação do uso emergencial do primeiro lote da CoronaVac, pela Anvisa. (Divulgação/Estado de SP)

O Instituto Butantan solicitou à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), na segunda-feira (18), o registro emergencial para o segundo lote de 4,8 milhões de doses da CoronaVac.
“A autorização para o uso emergencial que a Anvisa concedeu no domingo (17) foi exclusivamente válida para as 6 milhões de doses da vacina, distribuídas ao Ministério da Saúde. Estamos seguros que esta nova análise será feita com o mesmo critério, o mesmo cuidado e a mesma agilidade com que domingo liberaram a vacina do Butantan, a vacina do Brasil”, afirmou João Doria, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, na segunda-feira (18).
Segundo o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, o pedido de autorização do uso emergencial do segundo lote abrangerá número ainda maior de doses. “A primeira partida é de 4,8 milhões já em disponibilidade na medida em que for feita esta segunda autorização. Uma vez aprovado, aí a produção do Butantan será de acordo com esta autorização, isto é, não haverá a necessidade de todo o lote ser requisitado o pedido emergencial, podendo chegar a uma produção adicional de 35 milhões de doses”.
A autorização para uso emergencial do imunizante concedida no domingo (17), refere-se às 6 milhões de doses que já chegaram prontas da China, das quais 1,4 milhão foram destinadas ao Estado de São Paulo e 4,6 milhões para os demais estados da federação. Caso aprovada, a nova solicitação, terá validade para todo material envasado pelo instituto.
Ainda de acordo com Covas, o Butantan tem capacidade para envasar um milhão de doses por dia. “Temos um carregamento de matéria-prima pronta na China para ser despachado. Estamos aguardando apenas a autorização do governo chinês para poder trazer e, assim, iniciar a segunda etapa de produção. Dependemos da matéria-prima para poder continuar este processo”, explicou o diretor da instituição.
Das 8,7 milhões de doses previstas em contrato para entrega até o fim deste mês, 6 milhões já foram encaminhadas. A programação prevê que até abril o Instituto Butantan entregue ao Ministério da Saúde 46 milhões de doses da vacina.

Educação
O secretário Estadual da Educação, Rossieli Soares, homologou a deliberação do Conselho Estadual da Educação para o retorno das aulas presenciais no Estado de São Paulo. As orientações, publicadas na edição de sábado (16) do Diário Oficial, valem para as unidades da rede estadual, privada e escolas da rede municipal, caso não haja conselho municipal de educação.
“Queremos as escolas abertas com todo o protocolo para evitar contaminações. Sabemos que nas escolas o risco de contaminação é baixo, fato comprovado quando nosso monitoramento aponta para nenhuma transmissão dentro do ambiente escolar desde o retorno opcional das atividades em setembro passado”, enfatizou Soares.
No texto, o Conselho delibera sobre a organização dos calendários escolares e a frequência presencial dos alunos. A carga horária mínima anual obrigatória será de 800 horas para o ensino fundamental e médio, sendo no mínimo 1/3 destas horas realizadas de forma presencial. As demais horas podem ser cumpridas remotamente, mediadas ou não por tecnologia. Alunos incluídos em grupos de risco poderão, mediante atestado médico, realizar seu processo de ensino/aprendizagem exclusivamente por meios remotos.
Presencialmente ou de forma remota, a frequência mínima dos alunos nas aulas deve ser de pelo menos 75%.

Publicado na edição nº 10547, 20 a 22 de janeiro de 2021.