Faleceu aos 90 anos João Festozo

Primeiro engenheiro formado a trabalhar em Bebedouro, Festozo foi responsável por importantes obras na cidad".

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Faleceu no sábado (27), no Hospital Unimed, aos 90 anos, o bebedourense João Cosmo Festozo. Engenheiro civil e industrial, João Festozo, como era mais conhecido, foi responsável por projetos de construção e reformas de importantes obras em Bebedouro, inclusive em caráter voluntário.

A Gazeta conversou com João Cosmo Festozo Filho, que mesmo não residindo em Bebedouro há alguns anos, vem à cidade com frequência pelo pai e pela irmã, Heloisa Helena Festozo Vicente.

“Meu pai é bebedourense, nascido em 7 de maio de 1928. É formado engenheiro civil e industrial pela Universidade Mackenzie de São Paulo, onde trabalhou em sua construtora por alguns anos. Sua primeira obra importante em Bebedouro foi o Fórum (antigo), na Praça 9 de Julho, além do prédio do Ginásio, a escola Paraíso Cavalcanti. Ele veio para Bebedouro também com objetivos de obras do estado”, explica Festozo Filho.

Outra importante obra comandada por João Festozo foi a grande reforma promovida na Matriz de São João Batista, entre 1991 e 1994, assim como detalhado no suplemento especial de final de ano ‘Tributo à fé bebedourense’, publicado pela Gazeta junto à sua edição nº 9.539, de dezembro de 2013.

No suplemento, foi detalhada a participação do engenheiro na reforma, sem nada cobrar, sendo citadas ainda outras reformas, como do Colégio Anjo da Guarda e Educandário Santo Antônio, e a construção das escolas Abílio Alves Marques e José Francisco Paschoal.

O filho de Festozo ainda recorda-se do trabalho de seu pai no projeto original da paróquia de Nossa Senhora Aparecida, junto ao Monsenhor José Figuls, citando ainda a Santa Casa e a Casa da Freiras. “Quando se tratava de obras sociais, asilos, meu pai nunca cobrava, mas ele não falava isso para ninguém. O que uma mão faz, a outra não precisa saber”, dizia.

Festozo Filho ainda cita a construção do primeiro prédio de Bebedouro, o Edifício Pimentel, “E prédios na Raul Furquim, que pediam para que meu pai concluísse as obras”, diz Festozo Filho, contando até uma curiosidade: a candidatura de seu pai para as eleições municipais em Bebedouro, na década de 60. “Foi a primeira vez em que Sérgio Stamato também se candidatou, e meu pai perdeu dele por uma diferença mínima, acredito que 30 votos”, recorda-se.

“Meu pai sempre foi apaixonado pela cidade, e sempre quis ajudá-la de alguma forma. Em seu velório, muitas pessoas me contaram algo que ele fez. Acredito que ele tenha deixado um legado. Foi um homem justo, com honestidade”, ressalta o filho.

Diagnostico há pelo menos 10 anos com Alzheimer, João Festozo apresentou piora em seu estado de saúde após o falecimento de sua esposa, Maria Helena Kfouri Festozo, há 7 anos. “Foi ficando mais limitado, depois passou a ter infecção renal, necessidade de alimentação por sonda, oxigênio, já não abria mais os olhos…”, conta Festozo Filho sobre o sofrimento do pai. “Acredito que a infecção atacou seus pulmões”, referindo-se à causa-morte de João Festozo.

João Festozo teve seu corpo sepultado às 17h de domingo (28), no Cemitério Municipal de São João Batista. A Gazeta presta condolências à família.

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Leia mais na edição nº 10329, de 30 e 31 de outubro e 1º de novembro de 2018.