

O número de novas internações por Covid-19 no Estado de São Paulo caiu, segundo dados do governo estadual. O levantamento indica que, nos últimos sete dias, a média de internações é a menor registrada neste ano. Entre os dias 15 e 21 de julho, a média de hospitalizações ficou em 1.403.
“Isto é reflexo do avanço da vacinação em São Paulo. Somos o primeiro Estado com mais da metade da população imunizada com ao menos a primeira dose”, disse o vice-governador Rodrigo Garcia, na quarta-feira (21), em coletiva no Palácio dos Bandeirantes.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, até quarta (21), eram 6.920 pacientes internados em unidades de terapia intensiva no estado com taxa de ocupação em 60,19% no estado e 55,65% na capital paulista. Outros 6.437 estão nas enfermarias.
“A quantidade de pessoas internadas em UTI atualmente é semelhante à registrada no pico da primeira onda da doença no estado, em 2020. Mas é metade da quantidade registrada no pico da segunda onda, em 1º de abril, quando 13.150 pacientes estavam internados. São 50% menos pacientes internados. O que chama atenção é a queda também nas enfermarias… Em todas as ocasiões, mesmo naqueles momentos do segundo semestre do ano passado, sempre tivemos até 2,5 vezes a quantidade de pacientes internados em enfermaria do que em UTI. Isto está claramente relacionado à vacinação. Estamos vacinando, impactando na mortalidade e também nas internações”, enfatizou o secretário Estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn.
O vice-governador também ressaltou que outro indicativo do avanço da vacinação é o fato de 288 municípios paulistas dos 645 não registrarem óbitos em decorrência do novo coronavírus, entre 14 de julho até quarta (21), 44% das cidades. “A vacinação, além de diminuir as internações, também está reduzindo o número de mortes em São Paulo. Quase metade das cidades não registrou nenhum óbito na última semana, segundo dados oficiais”, declarou Rodrigo Garcia.
Vacinação de grávidas e faltosos
Ainda na quarta-feira (21), segundo a Coordenadoria do PEI (Programa Estadual de Imunização), grávidas e puérperas que receberam a primeira dose da vacina AstraZeneca contra Covid-19 devem ser imunizadas com a segunda dose da vacina Pfizer. A medida entrou em vigor na sexta-feira (23).
“Anteriormente, a determinação do Estado para os municípios era de seguir orientação do Ministério da Saúde, para que grávidas e puérperas completassem o esquema vacinal 45 dias após o parto. Mais de 9 mil grávidas tomaram AstraZeneca e devem procurar os postos de vacinação na data marcada de sua 2ª dose para receber a dose da Pfizer”, declarou a coordenadora do PEI, Regiane de Paula.
Em maio, a vacina AstraZeneca foi suspensa para gestantes, após recomendação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) devido a “reação adversa”. Desde então, a orientação é de que as gestantes e puérperas recebam CoronaVac ou Pfizer na primeira dose.
Paula também alertou sobre o crescimento de faltosos da segunda dose de vacinas contra Covid-19. “O número chegou a 642 mil na terça-feira (20), aumento de 168% desde o começo deste mês. Entre o total de faltosos, 284,4 mil ainda não compareceram aos postos para tomar a segunda dose da CoronaVac e 357,6 mil da vacina Astrazeneca. Três semanas atrás, o balanço era de 239,2 mil ausentes, somando 179,7 mil e 59,5 mil pendentes de cada imunizante, respectivamente. A pessoa só fica totalmente protegida após tomar duas doses dos imunizantes que preveem este tipo de esquema vacinal. Por isso, é fundamental conferir a carteira de imunização e voltar ao posto para tomar a segunda dose, mesmo que já tenha sido ultrapassado o tempo. Isto garante a proteção para si e para a população, reforçando o trabalho coletivo de combate à pandemia”, alertou a coordenadora do programa de vacinação.
Publicado na edição 10.595, de sábado a terça-feira, 24 a 27 de julho de 2021.