Janeiro de 2022 é o segundo mês com mais positivados

Entre sexta (28 de janeiro) e terça (1º de fevereiro), mais cinco mortes foram registradas. UTI do Hospital Estadual segue 100% ocupada.

0
308
Mais vacinados – Na segunda (31 de janeiro), 350 doses foram aplicadas no Paraíso Cavalcanti, reunindo adultos e crianças.

O número de casos positivos de Covid-19, em janeiro, cresceu expressivamente. Foram 1.908 positivados no primeiro mês de 2022, segundo maior número, em um mês, desde o início da pandemia, superado por maio de 2021 (3.420 casos). Os dados são da Vigilância Epidemiológica.

Boletins divulgados entre segunda-feira (31 de janeiro) e terça-feira (1º de fevereiro) mostram mais cinco mortes na cidade, desde a última atualização da Gazeta, em 29 de janeiro. Na segunda, duas mortes por consequências do vírus: mulher, 90, com infecção urinária e homem, 69, com infeção urinária e hipertensão arterial. Na terça, boletim anotou mais três mortes, homem, 65, com Acidente Vascular Cerebral Isquêmico e hipertensão arterial; mulher, 89, com Alzheimer; e homem, 74, com diabetes e hipertensão arterial.

Desde o início da pandemia, Bebedouro acumula 352 óbitos por Covid-19. Boletim também apresenta 14.243 casos desde 2020, sendo 121 novos positivados entre o boletim de sexta (28 de janeiro) e terça (1º de fevereiro). São 124 bebedourenses em monitoramento e outras 736 pessoas aguardando resultados de exames.

Os atendimentos de pacientes com sintomas gripais seguem estabilizados. Boletim da terça relatou 140 registros na UPA e 127 na rede privada, em 24 horas. Na semana anterior, somente na UPA, a média era de 180/dia.

Internações

Na terça (1º), boletim epidemiológico informa 100% de ocupação nos leitos de UTI Covid, no Hospital Estadual, com 10 pacientes internados. Nas enfermarias, são cinco internados e ocupação de 50%, dos 10 leitos disponíveis, lembrando que os leitos de UTI e enfermaria foram reduzidos, pouco antes da elevação de casos.

Na rede privada, são cinco pacientes em UTI’s (50% dos 10 leitos) e nove em enfermarias (60% dos 15 leitos). No Hospital Municipal, são oito pacientes internados em leitos de enfermaria (88,88% dos nove leitos).

Vacinação

Com vacinação encerrada no ginásio da Feccib velha, na segunda (31 de janeiro), Bebedouro iniciou no mesmo dia, a semana especial de imunização, com aplicações em adultos e crianças no Paraíso Cavalcanti. A coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Thaís Teixeira, mostra-se animada: “Aplicamos 350 doses na segunda e, destas, 220 foram crianças. Isto mostra que os pais estão levando seus filhos”.

São 1.880 bebedourenses faltosos de 2ª dose e 13.750 da dose de reforço. A coordenadora espera melhorar este índice com novo sistema de vacinação, a partir de segunda-feira (7): “Depois desta semana, no Paraíso Cavalcanti, todas as unidades de saúde vão aplicar doses, em todas as regiões da cidade. Com isto, vamos facilitar a rotina de pessoas que não têm condições de se locomover até a escola ou não conseguiam ir ao ginásio da Feccib”.

De acordo com o vacinômetro, atualizado pelo governo do estado, até às 12h de terça (1º), Bebedouro aplicou 65.564 primeiras doses (84,54% da população); 63.099 segundas doses ou doses únicas, (81,36% da população). 27.791 tomaram a dose de reforço (35,83% da população).

O vacinômetro considera toda a população de Bebedouro, segundo estimativa do IBGE 2020 (77.555 habitantes). A Gazeta, a partir dos dados oficiais do último senso do IBGE, em 2010, contabilizou a porcentagem de imunizados, considerando apenas o público vacinável, acima de cinco anos (70.627). Considerando as doses aplicadas, Bebedouro imunizou 92,83% da população vacinável com 1ª dose. 89,34% receberam 2ª dose ou dose úniwca e 39,35% da população acima de 5 anos vacinaram-se com a dose de reforço.

Com o encerramento da vacinação no ginásio de esportes, voluntários que contribuíram com as aplicações despedem-se da jornada. Ademir Castro, em entrevista à Gazeta, diz ter vacinado mais de 20 mil bebedourenses, incluindo seus familiares e filhos: “É a única forma segura e eficaz de prevenir a Covid. Tomar as três doses do imunizante não significa que não podemos contrair o vírus, como qualquer outra vacina disponível no mundo, mas são eficazes para evitar casos graves, que levam a intubação e até à morte”.

Para Castro, a experiência do voluntariado não tem explicação: “Em 10 meses, participei quase todos os dias, às vezes antes do serviço, às vezes, depois, sem retornar para casa, mas com vontade de estar lá e ajudar o próximo. Foi prazeroso fazer parte deste momento, quando todos estavam com medo, combatíamos de frente este vírus. O espírito voluntário tem que estar dentro de nós, para fazermos o bem. Ver o agradecimento nos olhos das pessoas, felizes; ou chorando por terem perdido seus familiares queridos, foi gratificante. Não vou mentir, foi difícil e cansativo, mas o espírito voluntário falou mais alto. Valeu a pena”.

A secretária de Saúde, Silvéria Larêdo, ressalta a importância de cada um: “A participação deles foi fundamental para toda a campanha de vacinação. Ajuda é sempre bem vinda e eles contribuíram demais. Cada braço vacinado tem um voluntário por trás e isto é ótimo”.

Taxa de transmissão

A região de Barretos, a qual Bebedouro pertence, está com transmissibilidade em 1,47, menor índice dentre todas as regiões do Estado de São Paulo. A regional de Araraquara tem 1,58 e Ribeirão Preto marca 1,76. Franca tem taxa de 1,79 e São José do Rio Preto tem a segunda maior taxa dentre as 22 regionais do estado, com transmissibilidade de 1,95. Os dados são do Info Tracker/Covid-19, plataforma do governo de São Paulo.

Publicado na edição 10.641 – quarta, quinta e sexta-feira – 2, 3 e 4 de fevereiro de 2022.