Ato ecumênico demonstra a união de Bebedouro, acima de qualquer tipo de diferença.
Católicos, evangélicos, espíritas, muçulmanos, reunidos no Teatro Municipal Maurício Oliveira Júnior, na noite de domingo (5), para orar pela paz na cidade, após a esquecível Virada do Ano, com incêndios e boataria, é prova de que a maior riqueza de Bebedouro não são as commodities exportadas, mas a postura da população.
Com muita fé, todos unidos cantaram e oraram pelo futuro da cidade. Todo mundo foi afetado pela onda descabida de boatos, tirando a tranquilidade típica dos almoços em família, no 1º dia do ano.
Neste final de semana, novamente de forma canalha, espalhou-se boato de suposto evenenamento da água da cidade. Rapidamente, o diretor do Saaeb, Gilmar Feltrin, tratou de desmentir a informação. É a reação correta do homem preocupado com a população. Mas um dos vereadores, teoricamente com igual responsabilidade pelo zelo do interesse público, usou rede social para comentar o boato. Incrível é constatar que mesmo tendo formação universitária se presta ao papel de difundir boatos, mas bom senso, não se ensina na faculdade.
Devemos rezar pela recuperação dos empresários, pela retomada do emprego dos funcionários, pela punição àqueles que eventualmente tiveram qualquer responsabilidade nos incêndios. Mas também devemos pedir a Deus que coloque juízo na cabeça dos políticos, que podem ser adversários sem transformarem-se em inimigos.
Passado este tempo de pesar, é hora de olharmos preventivamente para os estabelecimentos comerciais. O rigor que já era grande na fiscalização feita pelo Corpo de Bombeiros deve ser maior ainda para verificar se todos estão com extintores validados e se usam material anti chamas.
Para a Prefeitura fica a obrigação de investir em equipes de fiscais de postura e quem sabe ministrar palestras de orientação a construtores quanto ao emprego de materiais, principalmente em forros. O custo é grande, mas os benefícios são maiores. Sem falar que, depois de tudo queimado, nem sempre as empresas de seguro conseguem restituir 100% do prejuízo.
O único ponto positivo de toda esta tragédia é a união. Estes laços concretos hão de servir para muitas outras ações em nome do crescimento da cidade.
Publicado na edição nº 9642, dos dias 7 e 8 de janeiro de 2014.
