
Apesar de existir desde janeiro de 2011, talvez você não tenha escutado ainda o som dessa banda de heavy metal original de Bebedouro. A justificativa é, no mínimo, curiosa: um dos integrantes mora em Seattle, estado de Washington, EUA. House of Bones é formada por Leandro Moreira (baixo) e os irmãos Gustavo Carmo (guitarra) e Rodrigo Carmo (vocal). Desde 2008 Gustavo mora fora do Brasil, após aceitar proposta de trabalho na Microsoft, por isso a troca de idéias e informações sobre músicas e shows é feita pela internet. É por esse motivo também que a banda raramente sobe ao palco. Em fevereiro de 2011 deram início às primeiras composições, e em maio do mesmo ano às gravações. As mixagens ocorreram nos meses do final do ano, em Las Vegas, pelo produtor Kevin Churko, cujo currículo conta com importantes artistas, como Ozzy Osbourne, Ringo Star, e Shania Twain. A banda teve também o privilégio de contar com a participação do renomado baterista Aquiles Priester em suas primeiras músicas, assim como no show de lançamento no início de 2012, na escola Espaço Livre. É por isso que o trio de amigos revela estar feliz profissionalmente. Mas a banda está só começando, em julho um sonho será realizado: o show em Seattle. Na agenda dos amigos já consta mais uma apresentação em Bebedouro e outra em São Paulo.

GB – Onde nasceram? Quando?
Rodrigo – Em Bebedouro, em 1977.
Gustavo – Bebedouro também, em 1980.
Leandro – Em Bebedouro, 1985.
GB – Quem são seus pais?
Rodrigo – Meu pai e do Gustavo é o finado José Carlos, o Ganso, um dos donos da rádio Iguatemi, tem bastante história aqui em Bebedouro. Minha mãe é a Bernadete, trabalhou no Banco do Brasil, teve uma loja também.
Leandro – Meu pai é o Pedro Angola, tem a empresa Desterra em Bebedouro, onde trabalho também, e minha mãe é a Cristina Moreira, deu a luz muitos anos no Colégio Anjo da Guarda.
GB – Como os irmãos lidaram com a morte do pai?
Rodrigo – Não foi de repente, ele tinha hepatite C, já estava doente há muito tempo. Teve uma sobrevida bastante grande, quando fomos a primeira vez ao médico deram cinco anos de vida para ele, e teve 13! Mas como qualquer morte, é uma coisa bem hostil, sentimos muito, eu tinha meu pai como parceiro muito importante, foi muito difícil, mas agora temos que tocar para frente, fazer as coisas que ele sabia que a gente faria.
Gustavo – Fica aquele vazio, queremos continuar fazendo algumas coisas para retribuí-lo. Eu conversava bastante com meu pai, faz falta você ter alguém mais velho para te orientar em um monte de coisa. E aqui no exterior é importante ter bastante concentração, se não você pira. Concentração no trabalho, dominar a cabeça, deixar a razão passar por cima da emoção.
Rodrigo – Meu pai sempre ajudou a gente musicalmente. Até na morte deu uma contribuição absurda na hora do enterro. Foi o dia em que a gente viu o Leandro pela primeira vez chorar. O Gustavo falou “aquele dia percebi que o cara é irmão nosso!”. Isso foi muito importante para a gente fazer a banda.
GB – Têm filhos? São casados?
Rodrigo – Sou casado mas não tenho filhos ainda.
Gustavo – Estou solteiro.
Leandro – Eu namoro hoje.
GB – O que faziam na infância?
Gustavo – Montava lego!
Rodrigo – É, o Gustavo é a parte mais intelectual, montava lego, jogava vídeo-game, eu não, eu destruía as coisas, quebrava brinquedo, jogava copos nos lugares! (risos)
Leandro – Aproveitei bastante minha infância, jogava vídeo-game, basicamente isso.
(…)
Leia mais na edição n° 9422, dos dias 7 a 11 de julho de 2012.