Perfil pessimista

0
2132

Se Bebedouro fosse um indivíduo, haveria de se estudar seu perfil psicológico.

Enquanto o país e seu povo lutam por sobrevivência diante de um cenário econômico turbulento, aqui em Bebedouro, tem muita gente que se serve de boatos para tentar piorar as coisas.
Nesta semana, a Gazeta recebeu um número infindado de informações dando conta de que tais e tantas empresas estariam terminando suas atividades na cidade e indo embora.
Por força e obrigação da profissão, nós jornalistas fomos a campo fazer as averiguações e constatamos mais uma vez o que já sabíamos: Bebedouro precisa é valorizar-se com urgência. Nenhuma das informações procede. O supermercado Savegnago instalado nas dependências do shopping vai muito bem obrigado e sequer cogitou a possibilidade de sair dalí.
Outro supermercado, o Laranjão do centro, disse jamais ter em mente fechar sua 1° loja. E assim por diante, uma a uma, desintegraram-se as informações e a Gazeta defrontou-se sim, com uma indústria de boatos.
Este festival de registros falsos, anônimos em sua maioria, travam a credibilidade na cidade e, consequentemente, sua prosperidade.
Bebedouro precisa de tratamento!
Como se não bastasse, nesta semana, a cidade acordou com o despacho de uma liminar do Poder Judiciário do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, considerando inconstitucional artigos de lei de1997, que instituem adicionais aos salários de servidores municipais, cuja ação partiu do Sindicato dos Funcionários, Servidores, Empregados Municipais, Ativos e Inativos, Pensionistas e Autarquias de Bebedouro e uma ação popular (de origem difusa), acatada pela Promotoria Pública de Bebedouro, que segundo o sindicato, não teria na sua ação original, a abrangência dada pelo promotor Herbert Oliveira que negou-se a falar com a imprensa.
A brincadeira de mau gosto, resultou em consequência inimaginada pelos autores já que 1.200 servidores foram atingidos e teriam seus proventos diminuídos das gratificações. O desespero ficou generalizado. A Prefeitura parou.
O prefeito Galvão assumiu a liderança do caso, revestiu-se de sua formação com doutorado em Direito Constitucional e seguiu para São Paulo para tentar reverter a situação junto ao Desembargador relator Paulo Dimas Mascaretti.
E conseguiu. A liminar foi cassada. Mais uma vez Bebedouro pode contar com a competência.
Vale repetir. Bebedouro está doente e precisa de tratamento. Tantos a atrapalhar e tão poucos a contribuir.
A pergunta que não pode calar: está havendo uma inversão de princípios onde a indignação vem a rebote do momento positivo que Bebedouro vive e não se manifestava diante dos tantos malogros que já vivenciamos?

Publicado na edição nº 9866, 18, 19 e 20 de julho de 2015.