Primeiros meses da administração de Fernando Galvão dão pistas de como serão os quatro anos.
Os primeiros 100 dias de mandato do prefeito Fernando Galvão (DEM) foram marcados por sustos, como a tempestade de 10 de fevereiro e a revelação do real valor da dívida da Prefeitura; mas também, nestes primeiros meses de governo, a cidade foi surpreendida com novos empreendimentos governamentais e da iniciativa privada, com imediata geração de empregos.
A oposição ao atual prefeito, composta por candidatos derrotados nas urnas, vai dizer que foi tempo mais do que suficiente para tapar os buracos e retomar o pleno funcionamento do Hospital Municipal. Para isto, usam, sem conseguir disfarçar, seus meios de comunicação, que ao invés de informar, de forma imparcial, mantêm editorialmente, a campanha de tentativa de desqualificação de Galvão, do mesmo jeito que fizeram até outubro do ano passado.
Porém, passadas tantas eleições, desde a redemocratização do Brasil, a população está madura para perceber, que não dá para cobrar qualquer administração neste curto prazo.
Nestes primeiros meses, visivelmente, Galvão rapidamente perdeu o clima de euforia da vitória, trocado pelo rosto de preocupação, à medida que descobria a estrutura administrativa arrasada e o tamanho da dívida herdada.
O serviço público mais acessado pela população, o sistema municipal de saúde, é exemplo da situação caótica da Prefeitura. A inadimplência com fornecedores inviabilizou por muito tempo, compra de remédios e conserto de equipamentos. Para piorar, a criminosa paralisação da construção da UPA ameaça até transferência de verbas federais. E como se não bastasse, em 10 de fevereiro, uma tempestade danificou a já precária infraestrutura viária.
O lado positivo destes 100 dias fica por conta do anúncio da construção do novo supermercado do Grupo Pão de Açúcar e do packing house da Coaf. Os dois empreendimentos são a certeza de geração de centenas de emprego. Notícia mais do que boa, porque nos últimos anos, a cidade só perdeu vagas de trabalho, principalmente depois do fechamento da fábrica da Citrosuco.
Até o que poderia se transformar em risco de dor de cabeça e desgaste político, a greve da EBTU, transformou-se em oportunidade para a rápida substituição da empresa de transporte público e o início do processo de concorrência que vai proporcionar à população um novo sistema de mobilidade. Até o final do ano espera-se que seja liberada a verba de R$ 23 milhões para construção da nova estação de tratamento de esgoto. Sem contar no anúncio de instalação do Poupatempo.
Foram 100 dias da nova administração, com enfrentamento dos problemas antigos, mas com surgimento de boas noticias na área do desenvolvimento econômico. Se o ritmo continuar assim, mesmo que o prefeito não consiga realizar tudo que planeja, o fato de atrair mais investimentos para a cidade, com certeza, já é motivo de comemoração.
Publicado na edição n° 9534, dos dias 13, 14 e 15 de abril de 2013.