Tentativa da OAB de mediar a transição de governo pode evitar transtornos.
A iniciativa do presidente da OAB/Bebedouro, Edson Artoni Leme de tentar mediar o processo de transição entre o atual governo e a nova administração comprova a tradição da entidade em zelar pelo entendimento da sociedade e dos poderes constituidos.
Um bom profissional do Direito sabe muito bem que acordos entre partes após boas conversações são muito melhores que processos judiciais. Se há preocupação com o interesse comum e menos vaidade, é fácil alcançar o consenso.
O mesmo feito foi conseguido pela OAB em 2004, quando o presidente Paulo Roberto Joaquim Reis conseguiu mediar a transição entre os governos Davi Peres Aguiar e Hélio Bastos. O presidente à época era conhecido e respeitado pelas duas partes, e, com isto, encontrou condições de mediar o conflito politico.
Criador da lei de transição, o experiente ex-vereador Celso Romero reforça que precisa haver colaboração do atual governo em permitir a entrada de representantes do novo governo na Prefeitura, antes da posse formal.
A ideia é que além dos relatórios e números fornecidos pelo prefeito, os membros da comissão de transição possam conferir finanças, estoques e condições da Prefeitura. Isto vai ajudar no planejamento das primeiras ações do próximo governo, como por exemplo, se for o caso, a compra emergencial de combustíveis para evitar a paralisação da frota, principalmente das ambulâncias. E deve-se pensar nos estoques de medicamentos do Hospital Municipal. A intransigência pode até causar mortes.
Que todos façamos torcida para que o presidente da OAB consiga convencer as duas partes, atual prefeito e prefeito eleito, em consenso, realizar o governo de transição. O bom senso deve reinar absoluto nesta hora.
Publicado na edição n° 9467, dos dias 25 e 26 de outubro de 2012.
