
Muito se tem falado e escrito sobre as múltiplas utilidades das redes sociais que infestam a internet. Da simples troca de mensagens por correio eletrônico (e-mail) aos grupos do WhatsApp, passando por Instagram, Facebook e congêneres, é possível a qualquer pessoa se manter integrado no conjunto espaço/tempo, em tempo real, em e por todo o planeta. E essa agilidade de transmissão de dados e informação está, além de outros usos menos nobres, ajudando pessoas das mais diferentes maneiras. Verdadeiros serviços de utilidade pública.
A propósito desse fenômeno da comunicação, no começo da tarde da última quarta feira, na frente de sua sede, a reportagem da Gazeta recebeu dois folhetos da campanha: “Seja um doador de medula óssea”, distribuído pela Unidade de Hemoterapia de Bebedouro. Em um deles existe a explicação detalhada de como tornar-se doador assim como elucida diversas dúvidas dos candidatos à tão nobre ação voluntária. O segundo, além de divulgar a campanha, também divulga uma página da rede social Facebook intitulada “Mundo de Sophia” que instigou o espírito jornalístico de nossa equipe: quem é Sophia?
Ao checar o endereço na rede social encontramos uma página que possui mais de 14 mil “curtidas” em pequeno espaço de tempo. Idealizada por sua mãe, Flávia Quinta, traz o périplo por que passa a garota Sophia Ramalho Quinta, sete anos completados recentemente, e que sofre de leucemia, grave enfermidade diagnosticada há três anos e que só pode ser eliminada com transplante de medula óssea.
Como os testes de compatibilidade dentro da família não resultaram em doador (as chances são de um para cem mil, por isso a frase do panfleto: “Difícil encontrar seu par perfeito?”), a mãe resolveu lançar a campanha na citada rede, pois quanto maior o número de doadores maior a probabilidade de encontrar um que seja compatível. E parece que está dando certo. Pelo menos o número de doadores em potencial que se apresenta diariamente na página faz pensar que Sophia logo encontrará um que lhe sirva.
O dia a dia da menina, descrito pela mãe, tem emocionado o internauta e induzindo muitos a se tornarem prováveis doadores e estes enviam à página fotos e documentos que comprovam a disposição de assim proceder. Enfim, uma corrente do bem em meio a um mar de mediocridade.
Qualquer pessoa em bom estado de saúde, que tenha entre 18 e 54 anos pode se cadastrar como doador. No ato do cadastramento será colhida pequena amostra de sangue que servirá de base para análises que o tipificarão e esses dados são inseridos no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea do Brasil (Redome). Quando uma pessoa necessita de transplante seus dados são cruzados com os do registro a fim de encontrar um doador compatível.
Em Bebedouro o cadastramento pode ser feito na Unidade de Hemoterapia, anexo ao Hospital Júlia Pinto Caldeira, de terça a sábado, das 07:00 h às 11:30 h. Em caso de dúvida visite o site do Hemocentro de Ribeirão Preto: www.hemocentro.fmrp.usp.br ou pelo telefone 0800-979 6049.
Faça parte dessa corrente. Cadastre-se como doador de medula. Se a sua não for compatível com Sophia, com certeza será com Maria ou Eduardo ou Pedro ou ….!
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Leia mais na edição nº 9871, dos dias 30 e 31 de julho de 2015.