Sobem para 34 os casos suspeitos de Covid-19 em Bebedouro

Segundo o prefeito Galvão, já são dois casos negativos, além de dois positivos que aguardam contraprova.

0
599
(Divulgação)

Na tarde de quarta-feira (1º), Bebedouro soma 34 casos suspeitos de coronavírus (Covid-19), segundo dados da Vigilância Epidemiológica, divulgados pelo prefeito Fernando Galvão.
Das 34 notificações, quatro importadas, ou seja, pacientes da microrregião, diagnosticados em hospitais de Bebedouro. Outros dois pacientes com diagnóstico positivo, através de laboratórios particulares, aguardam contraprova do IAL (Instituto Adolfo Lutz).
Outros dois casos foram descartados, recebendo resultado negativo para Covid-19 do IAL. Um deles também é importado.
Dentre os suspeitos, um homem de 66 anos está internado e entubado com sintomas graves, na UTI do Hospital Unimed, e outros dois, que apresentam sintomas mais amenos, estão em isolamento na enfermaria do mesmo hospital particular. Não há internações no Hospital Municipal “Júlia Pinto Caldeira”. O prefeito afirmou que todos os casos suspeitos estão isolados em suas casas, com suas famílias, conforme orientação médica.
Em seu boletim diário na RB FM, Galvão analisou o aumento de dois casos em 24 horas, mas disse que a cidade permanece em nível estável de contaminação. “Novamente, ressalto que em Bebedouro, apesar do aumento, não há explosão de casos nem sobrecarga da saúde, mas é importante intensificar a prevenção, o isolamento e o distanciamento social”, destacou o prefeito.
Galvão disse ainda, que na terça-feira (31 de março) esteve conversando com toda equipe da Unimed, inclusive com o presidente Caio Simões, para que seja informado, diariamente, a situação dos pacientes em internação nos hospitais Unimed.
“Precisamos informar a população, que está preocupada com as notificações de Bebedouro, em detalhes. Não se pode divulgar o nome dos pacientes por respeito e ética, mas queremos repassar o máximo de informações possíveis, para despreocupar os bebedourenses. A parceria com a Unimed só é possível através do bom relacionamento entre saúde pública e privada de Bebedouro, que construímos ao longo dos anos”, disse o chefe do Executivo.
Ainda segundo Galvão, a Prefeitura foi criticada, mal interpretada e julgada, por aqueles que avaliam as medidas de prevenção tomadas, como exageradas, “mas quem acompanha a mídia mundial e conhece a situação do mundo para enfrentar essa pandemia, sabe também que acertamos. Tomamos as medidas corretas para reduzir a circulação das pessoas na cidade, de forma drástica e temos tido bons resultados”, conclui.

Na região
Somente na região de Ribeirão Preto, são 65 casos confirmados do novo coronavírus, com três mortes. Os números apresentados foram apurados na tarde de quarta-feira (1º), até às 15h.
Ribeirão lidera a lista, com 47 casos confirmados, seguida de Jaboticabal, com nove. Franca e Cravinhos somam dois casos cada, mas Cravinhos tem uma morte confirmada pela doença. Monte Alto, Sertãozinho, São Joaquim da Barra, Orlândia e Brodowski têm um caso positivo cada.
Na cidade vizinha de Barretos não há confirmações, mas 61 estão sob suspeita e dois já foram descartados.
Em São José do Rio Preto são 20 pacientes com diagnóstico positivo do vírus e outros 200 estão sob investigação. Para evitar que os números cresçam ainda mais, a Prefeitura de Rio Preto definiu na terça-feira (31 de março), que instalará hospital de campanha para dar suporte aos hospitais da cidade. O local escolhido é o Hospital Dia, na avenida Philadelpho Manoel Gouveia Neto, com espaço para 21 leitos de UTI e mais 80 leitos de enfermaria.

Brasil e mundo
Mais de 783 mil casos já estão confirmados no mundo, além de 37 mil mortes, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde). Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil são 201 mortes e 5.717 casos confirmados em todas as unidades federativas.
O estado mais afetado pelo novo coronavírus no país, São Paulo, tem 2.339 casos positivos e 136 mortes registradas. Além disso, o estado soma 201 mortes suspeitas da doença. A informação foi dada pelo secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann, em entrevista coletiva.
O Governo de SP foi questionado sobre mortes que estariam sendo registradas como casos suspeitos e se os números poderiam vir a aumentar com as confirmações. O secretário respondeu: “Desse contingente, o que for positivo será acrescido ao balanço do número de óbitos. Uma parcela dos 201 óbitos vai dar positivo. São pessoas que não foram confirmadas na época do óbito”.