Teias do bem

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Nos arquivos de 90 anos da Gazeta de Bebedouro, somam-se milhares de reportagens com homens que fizeram a história de Bebedouro.
Estes homens formaram, nas mais diferentes épocas, com dificuldades específicas a cada uma delas, verdadeiras teias usadas para construção de centenas de feitos. Bonito de se ver e mais ainda, indispensável ao desenvolvimento e progresso de Bebedouro de outrora. A união destas pessoas em torno de um objetivo foi o que deu origem à Capezobe, depois à Coopercitrus, Credicitrus e demais cooperativas.
Um dos dignos exemplos dessa estirpe recebeu na noite de terça-feira (2), comenda da Câmara, a medalha Raul Furquim, em reconhecimento ao seu trabalho e à sua trajetória.
A emoção esteve exposta durante toda a sessão, quando o plenário totalmente ocupado, pôde reverenciar aquele que podemos chamar de “raríssimo homem de bem”. João Pedro Matta é unanimidade. Simples, digno, probo, trabalhador, fanático pelo cooperativismo. Essas características o fazem ser respeitado muito além das cercarias de Bebedouro.
Inevitavelmente esta honraria, que desnudou a vida de Matta, leva-nos a uma reflexão: por quê Bebedouro desaprendeu que a união é capaz de vencer qualquer barreira?
Por quê os homens de bem da cidade sentem-se tão desmotivados a agir em prol da cidade?
Em contrapartida, os adeptos do caos mostram com feracidade o que não querem: ver a cidade crescer e assumir novamente o patamar de liderança da região.
Porém, a Gazeta de Bebedouro continua fiel ao modo de agir e pensar de seu grande mentor, Juca Caldeira, que como disse João Pedro Matta em seu discurso, não media esforços para garantir visibilidade e legalidade aos primeiros passos do cooperativismo em Bebedouro há 50 anos.
A Gazeta quer e continua firme em seu propósito de tornar verdadeiros os sonhos de grandeza da cidade. Que novos Joãos e Jucas apareçam. De preferência unidos construindo novas teias.

Publicado na edição nº 9780, dos dias 4 e 5 de dezembro de 2014.