
Inundações, quedas de muros, paredes e destruição de avenidas foi o saldo de quase duas horas de chuvas torrenciais.
Domingo de carnaval era para ser um dia de alegria pelo desfile das escolas de samba de Bebedouro na região central. Mas o tempo escureceu e por quase duas horas, a cidade sofreu com uma tempestade. O resultado disto tudo está em fotografias desta edição.
É a terceira vez na história que Bebedouro é atingida por um tromba d`agua. Em 1983, a maior de todas, inundou casas e o Museu Eduardo André Matarazzo. A segunda, em 2006, destruiu pontos e matou duas pessoas.
O interessante foi a fartura de imagens postadas nas redes sociais sobre a tempestade de domingo. Com o surgimento e barateamento de celulares com câmeras, a tempestade foi fotografada e filmada de todos os ângulos possíveis.
Está de parabéns a rapidez com que o atual prefeito Fernando Galvão (DEM) agiu para mobilizar toda a estrutura da administração, para fazer os reparos. De forma brilhante, os servidores abriram mão do ponto facultativo para integrar as equipes de trabalho.
Mas não há como negar que desde 2006, pouca coisa foi feita para evitar as inundações. A calha do Lago Artificial e do Córrego Bebedouro está alta. O assoreamento foi gradual, com tempo mais do que suficiente para que fossem feitas as medidas preventivas.
O que falta em Bebedouro é um plano estratégico de obras, a ser executado ao longo de pelo menos 10 anos, por etapas para acabar com os riscos de inundação.
Há grande preocupação com o loteamento residencial, próximo do Educandário Santo Antônio, que está em fase de aprovação na Prefeitura. É preciso verificar com rigor, o impacto ambiental que sua construção causará. Está em curso a expansão imobiliária às margens do Lago e áreas de abastecimento de córregos importantes da cidade.
Publicado na edição n° 9510, dos dias 14 e 15 de fevereiro de 2013.