Um trabalhador brasileiro

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De que adianta fé sem ações e sonhos sem dedicação e trabalho? Este é o pensamento que move João Penna. Nascido em família humilde, ele trabalhava na lavoura para ajudar no sustento de sua casa. Mesmo tendo estudado já mais velho, desde a infância enxergava na educação, o único caminho para alcançar seus sonhos.
Sua superação e trajetória servem de inspiração para a página do Gente.

Dedicação - Com muito esforço, João Penna formou-se em duas universidades.

Gazeta de Bebedouro – Quem eram seus pais? E seus irmãos?
João Penna – Meus pais chamavam-se Andrelino José Penna e Luiza Bossolani. Eles se casaram em 1925 e trabalhavam na roça, na cultura de café. Tenho dois irmãos, Maria, que hoje está com mal de Alzheimer e José Penna (in memorian). Sou primo distante do sr. Raul Penna.

GB – Como era a relação com seus pais?
João – Muito boa. Foram pessoas boníssimas. Eles eram calados, mas se comunicavam com todos, eram discretos, mas abriam as portas a todos. Aprendi muito com eles.

GB – O que gostava de fazer na infância?
João – Minha infância foi inteiramente puxando a enxada para ajudar meu pai a alcançar a sonhada propriedade agrícola, no bairro de Areias. A propriedade ficava a 50 metros da gloriosa Estrada de Ferro Paulista. Trabalhei na lavoura até os 21 anos.

GB – Vocês conseguiram comprar a propriedade?
João – Foi quando alcançamos o céu aqui na terra, estávamos a oito quilômetros de Bebedouro. Antes, para chegar na casa da minha avô, aonde fica a Tutto Bello, tínhamos que andar cinco horas a pé. Chegávamos todos picados e sujos…

GB – Trabalhando na roça tinha tempo para os estudos?
João – Não muito, mas consegui me alfabetizar a partir dos 12 anos. Andava sete quilômetros até a escola Rural da Fazenda Sumatra. Mas, tive que parar, dando sequência seis anos depois, quando nos mudamos para o bairro de Areias.

(…)

Leia mais na edição nº 9623, dos dias 15 a 18 de novembro de 2013.