Uma semana de reflexão espiritual

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Estadia de seis dias do Papa Francisco no Brasil, há de servir como reflexão, para corrigir pensamentos e atitudes.

Com o fim da Jornada Mundial da Juventude termina a estadia do Papa Francisco no Brasil. Estes seis dias de sua permanência no país deram a certeza que o conclave fez a escolha certa, ao colocar no posto de sucessor de Pedro, um arcebispo argentino, com visão sobre os problemas da América Latina e da religião católica.
Diferente do que aconteceu durante as duas semanas da Copa das Confederações, manifestantes foram às ruas, mas sem a fúria registrada durante o evento da Fifa. É óbvio que o Catolicismo não tem mais tanta força entre os brasileiros, mas ainda conta com o respeito dos demais credos.
A simpatia e o carisma deste novo papa puderam ser acompanhados de perto por peregrinos de Bebedouro, em Aparecida e nos eventos da Jornada Mundial da Juventude.
Quando ele pede para que os católicos exerçam sua religiosidade com mais alegria foi um claro aceno para os sacerdotes jovens, representados por Padre Marcelo e Padre Fábio, cantores e escritores de livros, para continuarem a evangelização pela música e vibração para manter os jovens na Igreja.
Em seu inédito teste de popularidade, o Papa Francisco foi cercado pela multidão quando sua escolta entrou numa rota errada, o líder católico demonstrou ser completamente aceito, diferente da classe política, alvo de protestos a dois meses.
Talvez, além dos católicos, os políticos também devessem olhar para a figura de Francisco. Simples nos atos e acomodações e firme nos objetivos. Está mais do que provado que ninguém aguenta mais saber das viagens dos parlamentares com fins recreativos com aviões da FAB pelo país afora.
Como o Papa pede para a Igreja fazer opção preferencial pelos pobres, seria o caso da classe política imitar a atitude, com menos preocupação com conchavos eleitoreiros, criando reais condições de emancipação financeira dos miseráveis. Programas como Bolsa Escola e Bolsa Família de ajuda, tornaram-se semelhantes a entorpecentes, criando inusitada dependência financeira, com insuspeitas razões políticas.
Ainda há tempo de corrigir posturas desaprovadas. Mas os políticos correm contra o tempo. Destas comparações, o único que tem mandato vitalício é o Papa Francisco. O restante, enfrenta as urnas em outubro de 2014. E pelo que apontam as pesquisas, muita gente fará via sacra para a derrota.

Publicado na edição n° 9576, dos dias 27, 28 e 29 de julho de 2013.