A suplementação de vitamina D é usada para tratamento de estados de deficiência desta vitamina em adultos e crianças, que podem ocorrer devido a fontes alimentares insuficientes, luz solar insuficiente, aumento da idade, cirurgia para perda de peso, cirurgia da vesícula, ou fatores genéticos.
A vitamina D atua no controle da absorção de cálcio no intestino delgado, no metabolismo ósseo e na imunidade.
Recentes publicações identificaram uma associação inversa da vitamina D circulante com riscos de morte por doenças, entre estas a cardiovascular, vários tipos de câncer, função neurológica e desempenho musculoesquelético, e doenças autoimunes como diabetes mellitus tipo 1 e esclerose múltipla . Além disso, estudos observacionais indicam que a suplementação da vitamina D reduz significativamente diversas causas de mortalidade entre adultos idosos. O termo ‘insuficiência de vitamina D’ tem sido usado para descrever baixos níveis desta vitamina. Concentrações abaixo de 8 ng /ml são a forma mais severa de deficiência, resultando em desmineralização óssea grave .
Sua carência está implicada com maiores taxas de suicídio, depressão, déficit cognitivo, distúrbios neurológicos e maior risco para câncer. Surpreendentemente 88% da população mundial apresenta deficiência da vitamina D.
São múltiplas as ações da vitamina D no corpo humano: tem função na célula beta do pâncreas; eleva secreção da insulina (diabético); dá força muscular (mais autonomia inclusive para idosos); tem função imune, antibacteriana, e anti-inflamatória; reduz câncer de pele porque eleva melanina; proporciona crescimento ósseo e densidade mineral; atua no cérebro, no desenvolvimento e função neuro-protetora; na função cardíaca, favorece a menor pressão arterial, com maior elasticidade dos vasos sanguíneos; reabsorção e absorção do cálcio, reduzindo câncer de cólon e proliferação celular e metástase (menor gravidade ao câncer).
As causas da deficiência de vitamina D podem estar ligadas ao filtro solar em excesso; uso de medicamentos (ansiolíticos, corticóides, óleo mineral e antivirais etc ); falência renal; síndrome nefrótica; obesidade. Já a má absorção: doença de crohn, doença whipple, fibrose cística, doença celíaca, doença hepática.
As consequências da deficiência de vitamina D podem causar esquizofrenia, depressão, infecções bacterianas ou virais, doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes tipo 2, síndrome metabólica, síndrome do ovário policístico, fraqueza muscular, mialgia, osteoporose, osteomalácia, raquitismo.
Caro leitor, agora você concorda com o título deste artigo, de que a vitamina D é a rainha das vitaminas? Então, convido você a fazer acompanhamento bem rigoroso da sua vitamina D, pois infelizmente muitos acham que estão suplementando, mas podem não estar.
Para a grande maioria das pessoas sintomáticas precisamos de níveis mais próximos do máximo valor de referência ( exame laboratorial) .
Desejo que realmente sua vitamina D esteja em bom nível.
Saúde, saúde, saúde.
(Colaboração de Luiz Assunção, farmacêutico clínico, especialista em acompanhamento fármaco-terapêutico, especialista em gastroenterologia funcional e nutrigenômica).
Publicado na edição 10.788, sábado a terça-feira, 16 a 19 de setembro de 2023