Desde criança ouvimos dizer que a política é um ambiente sujo, de gente baixa, de uma “brigaiada” sem limite, que só gente “maluca” se mete com política.
Consequência disso são as pessoas de bem se afastarem dela e deixarem que verdadeiros homens sujos tomem conta do nosso futuro, pois a política é a mais poderosa ferramenta capaz de transformar a vida das pessoas, para melhor ou para pior, dependendo de quem nos governa.
Porém, e graças a Deus, há pessoas boas na política e quando a população encontra um líder com postura ética e olha à sua volta e vê sua cidade melhorando, começa a enxergar a política com outros olhos; começa a perceber que na política tem, sim, gente suja, mas há também líderes comprometidos com o progresso e o bem estar das pessoas e de sua cidade.
Automaticamente, a população começa a perceber que aquele “sujo” que quer assumir o poder é apenas um pseudo líder, mais preocupado em macular a imagem do adversário, do que com o bem-estar da população. Com essa postura de só atacar, digno de quem é apoucado assim como sua honra e seu prestígio, acaba por manchar toda a política. Mas a política não é suja. Sujos são aqueles que agridem, atacam, mentem, inclusive por meio de terceiros contratados, que só enxergam e apontam os problemas não resolvidos, tudo para tentar dissuadir os bons políticos.
Que a discussão política sempre foi acalorada, todos sabemos, em especial às vésperas de uma eleição. Mas é preciso discernir e perceber que, na verdade, os ataques são feitos por aqueles que não investem seu tempo na solução dos problemas mas, sobretudo organizam-se em bandos para única e simplesmente tentar diminuir o opositor.
A política não é baixaria ou ataque, mas sim uma forma de propor projetos e soluções. O contrário disso, nada mais revela do que o despreparo para a vida pública. Além disso, esse candidato despreparado coloca a política no mesmo balaio de sua personalidade, de mau caratismo. Mas a política não é isso. Nesta toada de atacar é que a cegueira surge, passando a valer tudo pelo poder, inclusive o cometimento de crimes. É a criminalidade do extremismo político.
Num passado recente, vimos a facada no então candidato a presidência Jair Bolsonaro, ou ainda o atentado contra o candidato norte americano Donald Trump. Casos de extremismo político que levam a prática de crimes, alguns mais graves que atentam contra a vida de políticos, até casos mais corriqueiros como propagação de fakenews, ofensas, ataques em redes sociais ou grupos de whatsApp, dignos de quem é despreparado, às vezes, pagos para praticar tais crimes, como injúria, calúnia, difamação, ameaça, dentre outros. Pessoas são contratadas e usadas por esses pseudos políticos que se escondem na humildade, inocência e até na necessidade de pobres usados.
Que a política seja mantida como instrumento para o bem, praticada por aqueles que buscam o bem. Amém!!
(Colaboração de Rogério Valverde, advogado, secretário de Segurança Pública de Bebedouro).
Publicado na edição 10.874, quarta, quinta e sexta-feira, 18, 19 e 20 de setembro de 2024 – Ano 100