Alí, lá e acolá

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Antonio Carlos Álvares da Silva

Eu ainda não me acostumei, com o enorme aumento de notícias, que a mídia em geral – TV e jornais – e a internet nos inundam diariamente. Para quem escreve apenas a cada 15 dias, ficaria até mais fácil, escolher um assunto. Acontece, que eles se misturam na minha cabeça, ficando difícil separá-los. Por isso, hoje, vou abordar alguns mais curtos, ressaltando aspectos curiosos.
O primeiro, se refere a Barretos e só consegui um resumo mínimo. Um desembargador proibiu duas provas da Festa do Peão: A vaquejada e a prova do laço. O argumento era, deduzo, só pode ser, que eles são cruéis com os animais. Não conheço essas provas, mas, não pude deixar de lembrar, que Barretos tem um frigorífico, que, diariamente, abate, dezenas e até centenas de bois. Há até uns 20 anos atrás, o método era o seguinte: O animal era conduzido através de corredor de tábuas estreito. Ao fim dele, um funcionário dava uma violenta marretada na cabeça do boi. Quando ele caía, recebia uma punhalada no coração. Perto disso, aquilo, que acontece com o animal na festa do peão, deve ser um ligeiro agrado. Não é uma crítica, porque animais são abatidos no mundo todo. Porém, achei curioso.
Outro assunto em foco atualmente, são as contínuas manifestações do MPL – Movimento pelo Passe Livre – contra a cobrança da tarifa de ônibus e trens e seu recente aumento. Pelo que sei, em todos os países do mundo, o transporte urbano de passageiros é pago. Então, o fundamento das manifestações é falso. É só uma desculpa. Querem aparecer. A prova é, que fazem suas passeatas pelas ruas principais de São Paulo, atravancando o trânsito e prejudicando grande parte da população. Depois, só fazem as passeatas em dias úteis, nunca aos sábados e domingos. Nessas passeatas há um destaque mostrado em fotografia pelo Estadão (A-13 -15-1-16): A frente do movimento é inteiramente formada por pessoas mascaradas. Usam máscaras, para não serem identificadas. Não querem ser identificadas, porque têm o objetivo de cometer atos ilícitos. O estranho é, que a polícia vive recebendo críticas, por tentar inibir as ações desses baderneiros. O uso de máscaras nas vias públicas deveria ser coibido. Na França, vive uma parcela expressiva de muçulmanos. Mas, é proibido as mulheres dessa religião usarem a Burka, que é um véu, que esconde o rosto, nos lugares públicos. Não fica estranho, em São Paulo, ser tolerado o uso de máscaras em manifestações de centenas, ou milhares de pessoas?
Para terminar: O Ministério da Educação fez elaborar uma consulta pública, visando estabelecer um currículo para as escolas brasileiras. O projeto dessa consulta foi feito por nomes não divulgados, o que já é muito estranho. Os organizadores alegam, que receberam quase 10 milhões de sugestões, mas, não esclarecem os critérios para aceitar, ou recusar tal volume de sugestões. O resultado não poderia ser outro: Um projeto eleitoreiro da pior qualidade. Vou resumir apenas o sugerido na área de história: O projeto deixa em segundo plano a cultura europeia, que tem mais de 2 mil anos e se concentrou na história africana e ameríndia, para destacar a escravidão de negros e indígenas (Estadão, 15-1-16 – A-3). Absorve jargões petistas, que visam agradar uma ala de teóricos. Esses teóricos visam liderar um setor ainda sem comando. E a educação? Ora, a educação!

(Colaboração de Antônio Carlos Alvares da Silva, advogado bebedourense).

Publicado na edição nº 9940, de 23, 24 e 25 de janeiro de 2016.