A novela “Beleza Fatal”, primeira produção do gênero da Max, chegou ao catálogo do streaming com a missão de provar que as novelas podem, sim, se reinventar para o novo formato sem perder sua essência. Escrita por Raphael Montes, o thriller dramático de 40 capítulos será disponibilizado semanalmente, com cinco episódios por semana. E, se o primeiro bloco já diz algo sobre o que vem pela frente, a promessa da diretora geral Maria de Medicis foi cumprida: “Beleza Fatal” é uma novela sem medo de ser novela.
Desde os primeiros minutos, a história mergulha em uma trama envolvente, repleta de reviravoltas e sequências eletrizantes. O autor, que estreia na teledramaturgia, mostra-se totalmente ciente da linguagem do gênero, costurando um roteiro ágil, bem amarrado e carregado de emoção. Com elenco primoroso, a produção tem brilho especial graças às atuações potentes de Camila Pitanga e Giovanna Antonelli, que dominam a cena e entregam performances intensas e cheias de nuances. Camila Queiroz, por sua vez, carrega consigo a bagagem de sua icônica Angel, de Verdades Secretas, e constrói uma nova personagem que prende o público a cada cena.
A cereja do bolo fica por conta da participação especial de Vanessa Giácomo, que entrega atuação marcante e cheia de impacto, elevando ainda mais o nível da narrativa. O elenco masculino também merece destaque, com Marcelo Serrado e Caio Blat ajustando com precisão o tom de seus personagens, adicionando camadas importantes à trama. E, ao lado deles, todo o elenco brilha, reforçando a qualidade de uma produção que veio para fisgar o público amante das novelas e atrair novos espectadores.
Com estreia avassaladora, “Beleza Fatal” se consolida como um acerto da Max e reforça um movimento cada vez mais forte: as novelas estão encontrando um novo lar no streaming. Após o sucesso de “Pedaço de Mim”, da Netflix, no ano passado, a produção da Max desafia diretamente o antigo paradigma de que apenas a Globo sabe fazer novelas. O sucesso do gênero nas plataformas digitais é um claro sinal de que a hegemonia global está ameaçada e que o streaming pode, sim, dominar essa nova fase da teledramaturgia.
Publicado na edição 10.901, de sábado a sexta-feira, 1º a 7 de fevereiro de 2025 – Ano 100
