Campanha da fraternidade 2015: “eu vim para servir” (cf. Mc 10,45). Entendemos o que é servir ao invés de sermos servidos? Será?

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Julio Cesar Sampaio

“Não devemos servir de exemplo a ninguém. Mas podemos servir de lição”. Mário de Andrade.

“Após as festas de carnaval, a Igreja Católica lança nesta quarta-feira (18) de cinzas a Campanha da Fraternidade de 2015. Com o tema ‘Fraternidade: Igreja e Sociedade’, e com lema ‘Eu vim para servir! ’, o Arcebispo de Florianópolis conduzirá a missa de lançamento da campanha às 18h30, na Catedral Metropolitana, no Centro da capital. A campanha deste ano tem a intenção de lembrar a vocação e missão dos cristãos, e da comunidade em geral, com os excluídos dentro da sociedade. O lançamento nacional da Campanha da Fraternidade 2015 aconteceu em Brasília, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). (Fonte: G1. globo.com)”.
Pois bem, sabemos o que é o prazer de servir? O que alguns pensadores nos legaram acerca desse assunto?
Emmanuel Lévinas (Lituânia, Kaunas, 1906), em sua máxima: “O Paraíso são os outros” -, quis ele corroborar que a força da alteridade, ou seja, implica que um indivíduo seja capaz de se ‘colocar’ no lugar do outro, obtendo, por conseguinte, sua realização sociomoral -, ainda é o processo, a válvula motriz de contemplação do homem integral!
A caridade sempre será a salvação!(…)
Abençoados sejam todos os lares onde a caridade perpetua acima de tudo!
Abençoados sejam todos os pais que compartilham da caridade dentro e fora de seus lares, proporcionando não só aos filhos e esposa o conforto, mas também aos necessitados que não são unidos pelos laços de família!
Que grande luz acaricia a este coração que sabe que a necessidade física não existe apenas no lar entre os entes queridos, mas também se aglomera nas ruas e em todos os lugares que habitam os desprotegidos pela fome!
Mil vezes seja louvado onde a caridade habita nos corações bondosos de todos os pais de família, que proporcionam a todos seus próximos a divisão honesta e digna aos mais carentes pelas necessidades físicas!
Sempre ao fazer a caridade pelos desprotegidos momentaneamente pela fome, leve ou mesmo deixe por saber aos olhos de cada filho vosso, a divina missão do compartilhar aos necessitados, orientando que a caridade não é e nunca deverá ser humilhante para quem recebe, mas sim um fato simples e corriqueiro de cada ser terrestre – Alteridade pura! Faça com que seu filho admire e espelhe seus atos caridosos como uma missão divina, para num futuro próximo ele mesmo saiba que chegou sua hora, se possível assim for, de dividir o supérfluo, existente em suas posses, com aquele que bater em sua porta em busca da verdade pregada e anunciada pelo Messias Jesus – a Caridade!
Não deixe jamais a teus filhos jovens o apego e o egoísmo terrestre, jogue em cada coração de teus filhos a semente do divino saber celestial do amor ao próximo e da caridade espiritual e física. Faça tudo em prol da missão de cada ser humano como pai, para que um dia volte seus olhos a teus filhos, agora, chefes patriarcais, e veja a esplendorosa árvore que semeaste em cada coração, agora, frutificada pela divina luz do saber!
Lembremos, pois, sempre da máxima de François Rabelais: “Conheço muitos que não puderam quando deviam, porque não quiseram quando podiam” (…)
E que assim seja eternamente! Salve E. Lévinas! Salve François Rabelais! Salve a CF 2015!

(Colaboração de Julio Cesar Sampaio, Licenciado em Filosofia com pós-graduação no ensino de filosofia)