
O Cruzeiro terminou como campeão, simbólico, da primeira metade do Brasileirão. Historicamente, mas não como uma regra, os clubes que terminam o turno em primeiro lugar possuem grandes chances de sagrarem-se campeões ao fim do torneio. E o time do Cruzeiro vem fazendo por merecer a liderança, jogando com regularidade e fazendo grandes apresentações, principalmente em seus domínios.
Com mais uma excelente campanha, o Cruzeiro tem tudo para repetir o título de 2003, quando foi notavelmente superior às demais equipes participantes do torneio, sagrando-se pela segunda vez campeão brasileiro (a primeira vez foi em 1966). Naquele ano de 2003, a equipe mineira treinada por Vanderlei Luxemburgo e comandada em campo por Alex, hoje no Coritiba, terminou a competição com 100 pontos (13 a mais que o segundo colocado) e marcando 102 gols. Em aproveitamento, é a melhor campanha de um clube desde a mudança do formato de disputa para o modelo de pontos corridos (o Cruzeiro obteve 72,5% de aproveitamento). Também foi a única vez que um clube conquistou a chamada “Tríplice Coroa”, isto é, venceu, no mesmo ano, o Campeonato Brasileiro, o campeonato estadual (no caso, o Campeonato Mineiro) e a Copa do Brasil.
Claro que ainda é cedo para qualquer tipo de definição, principalmente porque junto com o Cruzeiro outros times também tem mostrado força, como é caso do Grêmio do técnico Renato Gaúcho, que igualmente tem feito uma excelente campanha e também chega forte na briga pelo título, caso mantenha a pegada e o bom futebol que vem sendo apresentado.
Destaque negativo fica por conta do Atlético Mineiro, que apesar de ter sido campeão da Taça Libertadores, vem fazendo uma campanha muito irregular e abaixo do esperado, e está ameaçado de entrar na zona de degola caso não consiga vencer seu próximo jogo.
Situação ainda pior está o São Paulo, que em meio a uma crise sem fim, perdeu seus dois últimos jogos e está amargando na zona de rebaixamento nas últimas 11 rodadas. Ainda dá tempo de sair dessa situação, principalmente pela grandeza do time, mas com o passar das rodadas o negócio começa a ficar complicado, e a tendência é que o nervosismo aumente e o futebol, com isso, diminua.
Publicado na edição nº 9595, dos dias 10 e 11 de setembro de 2013.