O prefeito Fernando Galvão anunciou em seu boletim diário na RB FM, que até às 12h de segunda-feira (6), Bebedouro possuía 46 pacientes com sintomas suspeitos da Covid-19. Até sexta-feira (3), eram 41 casos. No sábado (4), mais um foi notificado e na manhã de segunda (6), outros quatro.
“O momento delicado que enfrentamos é o mesmo em todo o mundo e os números de pacientes diagnosticados com o novo coronavírus crescem diariamente. Em Bebedouro, continuamos atualizando diariamente os casos, com transparência e seriedade. Não podemos nos furtar. Há 15 dias, eram apenas alguns casos suspeitos. Hoje, são muitos suspeitos e confirmações chegando, ou seja, o vírus está circulando em nossa cidade e precisamos combatê-lo”, disse o prefeito, explicando que há redução de coletas no final de semana, por isso as notificações estagnam, mas quando chega a segunda-feira, aumentam as coletas e, consequentemente, os números de suspeitos sobem.
O município estabeleceu parceria com laboratório de Ribeirão Preto, credenciado ao IAL (Instituto Adolfo Lutz), para realização dos testes e recebimento de contraprovas, conforme determinou o Governo de São Paulo. “Estamos tentando agilizar as contraprovas o mais rápido possível. Algumas cidades não conseguiram credenciar laboratórios, mas nós conseguimos em Ribeirão Preto. Já estamos fazendo as coletas oficiais, que não dependem do Adolfo Lutz, o que deve agilizar os processos de confirmação e descarte em três ou quatro dias. Os exames já encaminhados ao IAL, permanecem aguardando resultados, de acordo com o atendimento do instituto”, contou o chefe do Executivo.
Dentre os quatro casos confirmados, segundo o prefeito, três já receberam contraprova do IAL também com resultado positivo. O quarto paciente ainda aguarda. “Esperávamos que a maioria dos resultados descartasse a doença, mas infelizmente, três já são confirmados, sendo um deles, de Taiúva. Estes resultados mantém a cidade em alerta, reforçando as medidas de isolamento social. Na contramão, também temos quatro amostras descartadas e esperamos ter ainda mais”, analisou Galvão.
Os casos suspeitos estão todos ou em isolamento domiciliar, orientados pela Vigilância Epidemiológica, ou os que precisam de atendimento médico, estão isolados nas unidades de saúde. Na segunda (6), de acordo com o último boletim, a cidade registrava um paciente suspeito da Covid-19 na enfermaria da Unimed e outros dois internados, em estado grave, na UTI do mesmo hospital particular.
“Como pessoa, nunca imaginei enfrentar uma situação tão grave como esta, imagine como prefeito, tendo nas mãos uma cidade inteira para cuidar, em meio às incertezas e ao caos na saúde e na economia. Ter equilíbrio para lidar com esta problemática tão delicada não tem sido fácil. Quanto antes reduzirmos os casos, poderemos retomar a vida normal”, disse Galvão.
Reabertura do comércio
Questionado sobre a possibilidade de reabrir o comércio, o chefe do Executivo disse que a decisão cabe ao governo estadual, pois as cidades paulistas devem seguir a determinação do governador João Doria.
“Estamos lidando com uma crise sem precedentes na história do mundo, que divide a saúde e a economia. De um lado está o comércio parado, pessoas querendo trabalhar e ter renda novamente, mas do outro, notificações de casos crescendo a cada dia. Por isso, peço aos bebedourenses que tenham equilíbrio para compreender a gravidade da situação e sigam as determinações do estado”, pediu Galvão, garantindo que deverá promover nova reunião com representantes do comércio bebedourense, para repensar novas ações, reduzindo prejuízos aos lojistas e autônomos, sem deixar de seguir as medidas de prevenção ao vírus.
Corrente do bem
O prefeito aproveitou para agradecer as 2 mil cestas básicas doadas através da campanha ‘Corrente do bem’, uma parceria entre o departamento de Promoção Social, Caecc e iniciativa privada, para famílias cadastradas nos Cras, que vivem em vulnerabilidade social, e que nos próximos dias as receberão.
Através de outras campanhas de arrecadação, foram montados kits de alimentação, com itens básicos, a serem entregues às famílias mais vulneráveis. “Os kits serão levados às unidades de ensino, que farão a entrega para as famílias. Neste momento, em que muitas crianças ficam sem alimentação adequada com a paralisação das aulas, através das doações, voltarão a se alimentar melhor”, acrescentou o prefeito.