Corrida presidencial com polarização

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Lançamento de candidaturas a presidente e governador abre a temporada de ataques.

Final de semana quente em São Paulo, com lançamento da candidatura presidencial de Aécio Neves (PSDB) e da candidatura a governador de SP de Alexandre Padilha (PT), os dois partidos que irão de fato polarizar as disputas em nível federal e estadual.
Petistas e tucanos governam o país desde 1994, com modos de governar que no inicio carregavam semelhanças, mas com discursos antagônicos. Na verdade, a gestão Lula é uma sequência do que foi realizado por FHC, quando mudaram-se nomes de programas sociais, o que nos municípios, todos estão acostumados a ver.
Porém, as eleições de 2014, prometem maior acirramento nas disputas que nas anteriores. FHC e Lula ganharam com largas vantagens, porém, a cada pesquisa, Dilma perde o favoritísmo e os tucanos parecem ter encontrado o candidato ideal, Aécio Neves.
Pela primeira vez, na História da República, dois mineiros disputam o cargo máximo do país, dando uma trégua à polarização de políticos de base eleitoral paulista. Minas Gerais deu ao país políticos de personalidade calma e marcante, como Juscelino Kubistchek e Tancredo de Almeida Neves, conhecidos pelo estilo de liderança sem fomento aos conflitos diretos. Por várias vezes, JK anistiou militares que tentaram golpes contra sua gestão.
Este é o tom que se avizinha para a campanha eleitoral que invadirá ruas e canais de televisão em agosto. Mas, todos nós estamos cansados das trocas de farpas entre adversários.
No estado de São Paulo, o candidato do PMDB, Paulo Skaf já deu mostras da beligerância pelas inserções do partido na televisão, com ataques ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), quando todos esperam ouvir dele, propostas para Segurança Pública e Abastecimento Hídrico. O mesmo também deve ser exigido de Padilha e quem mais entrar nesta disputa.
O Brasil e o estado de São Paulo têm grandes desafios a serem enfrentados por todos os partidos, que afetam toda a população. Não dá para sonhar com convergência, acima de interesses partidários, mas pelo menos, seria interessante elevar o nível do debate, para não passar ao eleitor a tarefa de escolher o menos pior. A sociedade quer conhecer propostas para decidir quem escolher.

Leia mais na edição nº 9707, do dia 17 e 18 junho de 2014.