
Nas últimas semanas da campanha, adversários adotaram o “vale-tudo” e mostraram o porquê Bebedouro parou no tempo.
No próximo domingo (6), os 57.224 eleitores de Bebedouro irão às urnas decidir o futuro da Cidade Coração. Nesta reta final da campanha eleitoral, a população ficou em meio a um fogo cruzado, sendo bombardeada por troca de ataques e ofensas verbais de 4 candidatos ao cargo de prefeito contra um, exatamente aquele com chances de eleger-se segundo pesquisas, com boatos, panfletos anônimos denegrindo a imagem do adversário com afirmações falsas e, mais recentemente, um jornal criado às pressas para divulgar uma enquete de intenção de votos com resultado favorável ao atual prefeito e candidato à reeleição João Batista Bianchini, o Italiano (PTB). Sem falar em outras enquetes e pesquisas, cada uma revelando em primeiro lugar um candidato diferente. A campanha virou um circo.
As residências de Bebedouro receberam gratuitamente o jornal com a enquete de Italiano, chamado Gazeta da Cidade, sendo a palavra Gazeta em letras garrafais e as demais bem pequenas, confundindo os leitores da Gazeta de Bebedouro. “Jogaram no quintal da minha casa um jornaleco, quero dizer, uma porcaria. Só terá este, é claro. Veja bem como tem político querendo enganar as pessoas, colocaram o nome de Gazeta, pois já existe uma que é séria há vários anos, a Gazeta de Bebedouro”, disse um internauta indignado na rede social Facebook. O CNPJ do jornal é de uma distribuidora de água e gás localizada no Rio Grande do Sul. A direção da Gazeta de Bebedouro informa que não tem qualquer relação com o jornal distribuído pela cidade. “Repudiamos seu conteúdo e a usurpação do nome da Gazeta exatamente para desfrutarem de sua credibilidade, com o único objetivo de confundir a população. Acionamos nossa assessoria jurídica para que sejam punidos os responsáveis”, diz a diretora da Gazeta, Sarah Cardoso.
Os munícipes também foram surpreendidos com um folheto anônimo intitulado “Galvão no bate papo com os amigos”. No material, adversários do candidato a prefeito Fernando Galvão (DEM) fazem-se passar por ele e, em primeira pessoa, denigrem a imagem da população carente de Bebedouro. Os adversários dizem que o “povo barra pesada” da periferia será tratado como bandido, não haverá mais clínicas de reabilitação e a verba destinada à Saúde será diminuída. “Pobre tem mais é que sentir dor mesmo”, afirmam os opositores de Galvão, usando palavras de baixo calão, ofensivas até aos ouvidos.
Publicado na edição n° 9459, dos dias 6 e 7 de outubro de 2012.