Dupla vencedora

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Nos últimos tempos o Brasil tem figurado entre os países com o melhor voleibol do mundo, tanto a seleção masculina quanto a feminina. São vários títulos, considerando Grand Prix, Liga Mundial, Copa do Mundo e Olimpíadas. Mas por trás desses times, que a cada ciclo apresentam mudanças em seus elencos, existem dois personagens extremamente importantes e, mais, fundamentais: Zé Roberto e Bernardinho, técnicos das seleções feminina e masculina respectivamente.
No último domingo (24) as meninas levantaram o troféu de campeãs, e somaram ao vitorioso currículo brasileiro mais um título de Grand Prix, o décimo no total, ao vencerem de forma categórica por 3 sets a zero as anfitriãs japonesas, com o jogo realizado em Tóquio.
Do atual elenco, somente a central Fabiana e a oposta Sheilla participaram de seis conquistas dessa competição. No final de setembro e início de outubro a seleção brasileira feminina de vôlei disputará o Campeonato Mundial na Itália, evento que acontece de quatro em quatro anos e que teve o Brasil como finalista nas últimas duas edições em 2006 e 2010, mas perderam nas duas oportunidades para as algozes russas.
Nas últimas conquistas da seleção feminina, Zé Roberto esteve nas principais delas, computando, entre muitos outros, os títulos de bi-campeão olímpico em 2008 (Pequim) e 2012 (Londres), heptacampeão do Grand Prix e Pentacampeão do Sul Americano de Voleibol. Isso sem contar a histórica medalha de ouro nas Olimpíadas de Barcelona, em 1992, com a seleção masculina.
E para falar na seleção masculina, o técnico Bernardinho também não fica atrás em números de títulos. Bernardinho é o maior campeão da história do voleibol, acumulando mais de trinta títulos importantes em vinte anos de carreira dirigindo as seleções brasileiras feminina e masculina. Desde 2001 é o técnico da seleção brasileira de voleibol masculino. Como treinador conquistou incríveis 5 medalhas olímpicas consecutivas: bronze em Atlanta 1996 e Sydney 2000 com a seleção feminina, ouro em Atenas 2004 e prata em Pequim 2008 e Londres 2012 com a seleção masculina.
Diante de tantos títulos desses dois vitoriosos treinadores, nossas esperanças aumentam de conquistarmos medalhas nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, ainda mais considerando que as seleções jogarão com total apoio da torcida, e isso já se mostrou importante em outras situações. A torcida que aprecia o vôlei é diferente daquela que vai aos estádios de futebol, e seja no momento ruim ou no momento bom a certeza é que não haverá vaias, mas apenas incentivos.

Publicado na edição nº 9737, dos dias 26 e 27 de agosto de 2014.