Educação ambiental, já!

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Mauro Sérgio Rodrigues e Rosangela Simões Thomaz

Muito se fala sobre responsabilidade ambiental e realização de atividades com soluções eficientes para o meio ambiente. Ao mesmo tempo, muito se vê sobre problemáticas ambientais, com variadas proporções e até com resultados trágicos. Nesse descompasso entre falar e fazer, é preciso acelerar o passo e buscar, de fato, políticas que diminuam a exploração dos recursos naturais, gerem um desenvolvimento econômico baseado na sustentabilidade e garantam segurança e bem-estar à sociedade. Como?
Há um longo caminho a percorrer, com certeza. Mas, nesse processo, é imprescindível que os profissionais da área compreendam toda a estrutura funcional do meio ambiente para efetuarem uma interpretação real dos riscos causados pela poluição, desmatamento e exploração dos recursos e, consequentemente, possam achar alternativas efetivas e viáveis.
Por isso, o conhecimento é a parte principal das boas conquistas. É preciso capacitar, sejam técnicos em meio ambiente, sejam agentes de desenvolvimento socioambiental. Todos necessitam da informação, de desenvolver o senso crítico e conectar-se aos acontecimentos atuais. Conhecer a legislação vigente, os órgãos competentes e a realidade da comunidade local, aprender a executar projetos, avaliar os riscos ambientais, propor soluções inovadoras e coerentes e ser um multiplicador de conceitos ambientais são questões e práticas essenciais para o profissional ser capaz de melhorar a qualidade de vida local e mesmo global.
A educação ambiental permite uma visão holística e maior apoio na articulação de ações em prol do meio ambiente, instigando nas comunidades e empresas os valores da preservação da natureza. O aumento da demanda por profissionais como o técnico em meio ambiente, que pode atuar em ambientes naturais, urbanos e rurais, em instituições públicas, privadas ou do terceiro setor, como autônomo ou integrando equipes multiprofissionais, já retrata um cenário positivo, no qual as organizações buscam por desenvolvimento sustentável, promovendo o uso consciente e responsável dos recursos naturais. Mas é preciso muito mais ainda, e logo!
(Colaboração de Mauro Sérgio Rodrigues e Rosangela Simões Thomaz, docentes do Senac Bebedouro).

Publicado na edição nº 9958, de 8 e 9 de março de 2016.