Feira ganha nos shows, mas peca em exposições
Com investimento de R$ 1,4 milhão, sendo R$ 360 mil dos cofres públicos, a Feccib 2012, em dois dias, atraiu cerca de 21 mil visitantes. Para quem quer se divertir, o evento está perfeito. Mas para quem achou que a feira pudesse ser uma oportunidade para novos negócios, se enganou. Com apenas quatro expositores, a Feccib deixa a desejar, diferentemente do ano passado.
Jorge e Mateus conversam com a Gazeta
Gazeta – Vocês se conheceram em 2005, mas em 2007 é que despontaram nacionalmente. Qual a fórmula para manter o sucesso?
Jorge – A gente nunca tem a resposta para essa pergunta! Na verdade, acho que, como em qualquer outra profissão, você tem que trabalhar com seriedade. Como nossa profissão gira muito em torno do mundo das ilusões, é muito importante você ter o pé no chão, respeitar muito as pessoas que estão trabalhando com você e viver de música, fazer música para as pessoas, para elas gostarem, se identificarem. É um processo de conquista eterno, segredo não tem, é trabalhar com seriedade e com muito respeito a todo mundo, tanto a vocês da imprensa quanto aos fãs, quanto aos colegas de trabalho.
Gazeta – Vocês percorrem o país inteiro, mas como enxergam o interior de São Paulo?
Mateus – O interior de São Paulo é incrível para se trabalhar. Na verdade é a região na qual mais trabalhamos, a maior concentração de shows com certeza está aqui, as maiores festas de peão, os rodeios… Todo mundo sabe que depois de um rodeio sempre rola um show, aqui é um público que gosta de música sertaneja. Já estivemos aqui em Bebedouro uma vez. A gente recebe mensagens no Twitter e Facebook de pessoas que estão viajando para cá para ver o show, é muito bom voltar aqui. Tomara aí que várias, se Deus quiser.
Gazeta – Em setembro vocês gravarão um DVD especial de carreira em no “Royal Albert Hall”, em Londres. Como surgiu essa idéia e como está a expectativa?
Mateus – Será muito bacana, a gente gosta de música, sempre assistia aos DVDs do Royal Albert Hall, que é uma casa já tradicional, foi feita para um príncipe três séculos atrás. São mais de 300 anos de tradição, desde teatro até musica contemporânea, e somos os primeiros artistas brasileiros, então, resolvemos registrar isso, porque é uma coisa muito importante para a gente, para a música brasileira que está sendo bem vista lá fora também. Tomara que dê tudo certo, vai ser um show mesmo, com regravações, poucas músicas inéditas, mas a brasileirada vai estar lá comandando, o Albert Hall vai ser verde e amarelo! Vai ter gente da Europa toda.
Jorge – A gente também vai ter o prazer de tocar no início de setembro, no Brazilian Day de Nova York, para mais de 1 milhão de pessoas, de brasileiros na verdade. Vai ser uma coisa muito bacana, uma grande festa, nossa primeira vez lá, vai ser muito emocionante, com certeza.
Sorriso Maroto: feliz com o sucesso
Gazeta – Por que o nome Sorriso Maroto?
Cris (percussão e vocal) – A gente tinha outros dois nomes que não eram muito legais. Devido à descontração da gente, o astral que a gente tem, no palco e fora do palco, foi o que mais combinou com a gente
Gazeta – Quais eram os outros dois nomes?
Cris – Como a gente tocou muito em churrasco de amigo, então, um era Sal Grosso, porque sempre faltava sal grosso, e outro era Cara de Gato, porque no RJ tem uns churrasquinhos que chamamos de churrasquinho de gato, aquele de esquina! Eram essas duas opções, a gente não tinha criatividade nenhuma, né. (risadas) Aí veio o Sorriso Maroto, que tinha mais a ver com a gente, e o menos pior.
Gazeta – Como está o momento da banda hoje?
Bruno – É um momento impar na carreira, apesar de que em 15 anos de estrada nunca tivemos insucesso, mas foi um salto grande. É um momento muito positivo, muito bacana, sentimos que tem uma ‘vibe’ muito grande de todos os tipos de público, de idade. Está todo mundo curtindo, comentando, a música (“Assim você mata o papai”) da novela (Avenida Brasil) pegou de um jeito que, sei lá, é uma paixão nacional.
Cris – Está tudo conspirando a nosso favor!
Bruno – Quando a gente passa, todo mundo comenta, todo mundo curtindo, se divertindo, isso obviamente se deve muito também ao sucesso da novela, que é unanimidade, paixão nacional, o encaixe da música com os personagens, tanto o Leleco quanto a Tessália foram muito felizes, a música combina com eles e eles combinam com a música, e isso acaba refletindo diretamente no nosso trabalho, na estrada, e na vida deles como atores.
Gazeta – As músicas românticas ainda são a marca do Sorriso Maroto, não é?
Bruno – Sem dúvida, o romantismo vai estar sempre dentro de nós. Independente do momento que estejamos trabalhando, com músicas um pouco mais alegres, com temas mais variados, falando um pouco mais de pegação, de azaração, da galera que está na noite, mas as músicas românticas e o lado romântico do Sorriso ainda continuam em voga. Em todo trabalho, temos sempre uma música que acaba marcando dentro da parte mais romântica do nosso repertório. No disco passado, a “Clichê”, indiscutivelmente foi a música do disco. Fizemos o “Na Cama”, primeira que foi super positiva, a “Quem Tá Solteiro Nunca Fica Só” e quando foi a “Clichê”, um arregaço total, a música tocou, e hoje temos uma leitura nova no show. Ela que fecha, por isso tem que ter um peso maior, uma carga maior. Para você ver o quanto ela representa para nós…
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Leia mais na edição n° 9427, dos dias 21, 22 e 23 de julho de 2012.