Lançado na quinta-feira (21) nas salas de cinema, “Hereditário”, terror do estúdio norte-americano A24 é história que faz jus ao gênero. Dos mesmos criadores dos também premiados “Moonlight” (2017) e “O Quarto de Jack” (2016), o longa-metragem apresenta o melhor que se pode tirar do gênero, fugindo completamente das propostas apresentadas aos telespectadores com os últimos lançamentos de terror.
O filme inicia-se com a morte da matriarca de uma família. A avó, mulher reclusa, discreta e cheia de segredos, que mesmo após sua partida, permanece na vida da família, principalmente da neta mais nova, Charlie. A partir disso, a família Graham passa a desvendar mistérios por trás da falecida.
Quando começa a sessão, pensa-se que a proposta de ‘Hereditário’ é mais um filme de terror com espíritos atormentando uma família que luta desesperadamente para se livrar das maldições do além. Nada disso. O enredo vai além, muito além do que se pode prever. O ponto alto deste longa é a carga dramática inserida no contexto.
É exatamente pela inserção certeira do drama, que o filme não é do tipo que vai assustar o telespectador logo no começo. A cada nova cena, o público sente-se desafiado a entender certos enigmas e isso constrói um mistério com seu público-alvo, fazendo-o sentir-se sufocado em alguns momentos.
A narrativa muito bem conduzida, faz o espectador sentir-se no direito de criar suas teorias sobre o que está acontecendo na vida de cada membro da família até que, finalmente, na última cena, tudo se explica de maneira surpreendente e com todo sentido. Para os bons observadores, prestar atenção nos detalhes é fundamental. Objetos em cena, movimentos de câmeras e aquela parte do cenário quase imperceptível, são as deixas para desvendar os mistérios do filme.
O diretor Ari Aster reúne nesta história todos os ingredientes para os fãs de terror, sem clichês. A fotografia utilizada, principalmente nas cenas que exigiram mais carga dramática dos atores, é simplesmente fascinante e deixa, quem está vendo, perplexo, em alguns momentos, até sem respirar. Junto a isso, a sonoplastia do filme não traz aqueles sons arrepiantes, que muitas vezes soam exagerados e barulhentos demais. Pelo contrário, a sonoridade do longa-metragem deixa tudo mais aterrorizante e até mesmo real.
Por último, mas não menos importante, vale ressaltar o talento dos atores. Toni Collete se destaca mais, a mãe da família que sofre de sonambolismo causa arrepios em algumas cenas e consegue transparecer o apavoramento de sua personagem ao público. Junto a ela, Gabriel Byrne, dá vida ao pai da família, Steven, que após declarar publicamente preferir dar prioridade a filmes mais leves, aceitou de primeira participar de ‘Hereditário’, quando leu a sinopse. Na pele dos filhos do casal, são as atuações mais surpreendentes. A pequena Milly Shapiro (Charlie) e o jovem Alex Wolff vão crescendo a cada cena de seus personagens, mostrando como um personagem bem construído é capaz de prender a atenção do público. Sem dúvida, para quem é fã não só de terror, mas de mistério e teorias, vale a pena conferir ‘Hereditário’.
Bebedourense participa de programa no SBT
A atriz bebedourense Gleici Cruz, que em 2017 lançou, ao lado de Camila Morgado e Murilo Benício, o filme ‘Divórcio’, participou na última semana, do Programa do Ratinho, no SBT. A atriz apresentou-se no quadro ‘dez ou mil’, onde cantou a paródia ‘Gasolina está cara demais’ versão da música ’50 reais’, de Naiara Azevedo e foi avaliada pelos jurados. Em entrevista a Gazeta, Cruz revela que a experiência lhe fez crescer ainda mais: “Conhecer o Ratinho, me apresentar ao vivo, ouvir as críticas tanto positivas, como negativas serviram como aprendizagem, além do mais, conheci muitas pessoas e fiz contatos”.
Fora da zona de conforto
Sem dúvidas, o papel de Chay Suede em ‘Segundo Sol’, tirou o ator da zona de conforto. Ícaro é, sem dúvida, personagem complexo demais e que vem sendo muito bem defendido pelo ator que, até então, vinha colecionando papéis de mocinho romântico ou guerreiro. A parceria dele com Luisa Arraes e Letícia Colin tem rendido grandes cenas para a história, bem como a cena onde o jovem descobre que sua mãe Luzia está de volta, firmando-se como uma das melhores cenas da novela até o momento, ao lado de Giovanna Antonelli.
Foi dada a largada
A próxima novela das seis da Globo, ‘Espelho da Vida’ começou a ser gravada na sexta-feira (22). A confirmação foi dada pela atriz Alinne Moraes que publicou foto em seu perfil no Instagram. Na trama de Elisabeth Jhin, a atriz dá vida à vilã Isabel. No elenco, nomes como Vitória Strada e Rafael Cardoso. A direção artística é de Pedro Vasconsellos, com estreia está marcada para setembro.
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Leia mais na edição nº 10280, 30 de junho, 1° e 2 de julho de 2018.