Os investidores são livres para investir onde quiserem e a classe política pode, no máximo, fazer indicações.
Dá ânimo ver a velocidade da construção dos prédios que abrigarão os supermercados das Redes Dia e Extra. Tudo isto prova que no capitalismo quando há vontade de investir, até o tempo rende mais.
Dezenas de empregos estão sendo gerados nesta etapa dos empreendimentos, entre operários, fornecedores, hotéis, pensões, e até casas alugadas para os trabalhadores que vêm de outras cidades. Depois dos supermercados abertos, serão mais centenas de empregos diretos e indiretos.
Para variar, há quem critique dizendo que a cidade tem supermercados demais. Quem usa esse argumento pouco entende da dinâmica dos investidores. Por mais poder que tenham, prefeito, governador e até presidência da República, ,não podem determinar o tipo de empresas que vêm para cidades, estados ou País. A iniciativa é privada, ou seja, os empreendedores pesquisam e escolhem, conforme seus planos, onde colocar seus negócios.
Em Bebedouro, ainda pairam duas lendas antigas sobre a fábrica de sucos do grupo Cutrale, em Colina, e sobre a vinda de uma usina de álcool para Bebedouro. Uns culpam um prefeito, outros os vereadores. Tudo raciocínio de quem nunca aprofundou-se no setor.
Indústrias são montadas próximas de suas matérias primas. Por isto, algumas acabam fechando, quando na região há mudanças no padrão da agricultura. Se políticos tivessem poder de gerar empregos na iniciativa privada, certamente o Brasil seria a 1ª potência mundial. Pelo menos na vontade deles. Nem nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama tem condições de influir tanto no setor empresarial.
O máximo que se pode fazer é propaganda das potencialidades do município e tudo que é permitido por lei para incentivar a instalação de empreendimentos.
Porém, à classe política cabe assumir o papel de liderança e unir-se à sociedade para manter as empresas na cidade. Papel que faltou em 2009, quando ocorreu o fechamento da Citrosuco. Poderia até não ter dado certo a tentativa, mas é obrigação da liderança zelar pelo interesse coletivo. São lições do passado que servem até para os dias atuais.
Publicado na edição nº 9607, dos dias 8 e 9 de outubro de 2013.