
Bebedouro registrou três novos casos de Covid-19 desde a última sexta-feira (10). Neste período, não houve registro de vítimas fatais da doença no município, segundo boletim epidemiológico divulgado na terça-feira (14). Desde o começo da pandemia, 12.134 bebedourenses já foram infectados e 334 morreram em decorrência da doença.
A cidade iniciou o mês de setembro com redução de contaminações pelo vírus: na semana de 1º a 7, foram registrados apenas 16 novos casos, que caíram pela metade nesta semana, de 9 a 14, com apenas oito casos. A média móvel dos últimos 14 dias mostra que Bebedouro possui 1,71 novos pacientes infectados por dia, menos de dois casos/dia.
A Vigilância Epidemiológica monitora 12 pacientes positivados, isolados em suas residências. Outros 27 aguardam resultados de exames.
A taxa de ocupação de leitos de UTI no Hospital Estadual está em 40%, com oito pacientes em estado grave e 10 na enfermaria (50%). Na rede privada há somente um paciente em estado grave. Não há internações em UTIs ou enfermarias no Hospital Municipal, na UPA 24horas ou em hospitais da rede SUS de outros municípios.
Taxa de transmissão – A taxa de retransmissão da Covid-19 na DRS 5, de Barretos, onde Bebedouro está inserida, é a menor do estado, de acordo com projeção realizada no domingo (12), pelo portal SP Covid Info Tracker, com 0,48 de taxa de retransmissão do vírus por pessoa infectada.
De acordo com o portal, valores de retransmissão acima de 1 representam aumento na disseminação do vírus, enquanto valores abaixo, significam redução. No caso da DRS de Barretos, o valor indica controle na disseminação da Covid, onde cada grupo de 100 infectados pode transmitir a doença para 48.
Vacinação continua
Bebedouro prevê vacinar 4,8 mil pessoas nesta semana, entre aplicação de doses adicionais e 2ª dose, segundo a Vigilância Epidemiológica. O calendário inclui faixas etárias acima de 89 anos, de 50 a 59, e grupos de pessoas com comorbidades.

Começou nesta semana, a aplicação da dose adicional ou dose de reforço em idosos com idade igual ou superior a 89 anos, na terça e quarta-feira (14 e 15). Para atender este público, a tenda de vacinação, na Feccib, adaptou-se para receber estes idosos em sistema drive-thru, já que muitos estão fisicamente debilitados, em decorrência da idade avançada. “Assim como era realizado no Sambódromo, no início da campanha de vacinação, está sendo feito também na Feccib, com mais conforto e segurança”, afirma a coordenadora da pasta, Thais Teixeira.
Dos 900 idosos aguardados em dois dias, no primeiro dia de vacinação com dose adicional, a adesão foi bem abaixo do esperado. “Do total de 900, dividimos em dois dias, para não haver longas filas de espera: na terça, vacinariam-se idosos de 89 a 91 anos e, na quarta, acima de 92. Porém, bem diferente do que estávamos esperando, a adesão foi baixa. Tivemos cerca de 100 vacinados, o que muito nos preocupa”, lamenta Teixeira, acrescentando que a dose de reforço, especialmente aos mais velhos e imunossuprimidos, aumenta a imunidade vacinal, permitindo maior proteção contra o vírus que se torna ainda mais agressivo ao atingir estes públicos.
As doses adicionais, segundo a coordenadora, serão aplicadas conforme recebimento por parte do Estado. A escolha do laboratório se dará conforme disponibilidade de vacinas pelo Governo Estadual: “Hoje, compreende-se que não há problema em aplicar imunizante de laboratório diferente daquele recebido anteriormente. Sendo assim, a preferência é para que seja a mesma vacina, mas se não houver disponibilidade, outra ‘marca’ será aplicada”, esclarece.
2ª dose – Na segunda-feira (13), foram vacinadas 300 pessoas com comorbidades com a 2ª dose; na terça (14), outras 400; e para quarta (15), está prevista aplicação de mais 200 doses.
Já na quinta e sexta-feira (16 e 17), está prevista a imunização de 3 mil pessoas, concluindo seu esquema vacinal com a 2ª dose. Para evitar aglomerações, o grupo foi dividido em dois dias, com montante de 1,5 mil doses diárias a serem aplicadas: na quinta, vacinam-se pessoas de 55 a 59 anos; e na sexta, de 50 a 54 anos.
“Há ainda grupos menores, de diferentes faixas etárias, também para receber a 2ª dose, seja da Astrazeneca, Pfizer ou Coronavac, conforme data determinada no comprovante da 1ª dose. Todos estes são diariamente atendidos”, diz a coordenadora da Vigilância.
O Governo de São Paulo alega atraso no envio das vacinas da Astrazeneca, por parte do Ministério da Saúde, causando a falta do imunizante em todo território paulista. Segundo o Estado, já deveriam ter sido disponibilizadas mais de 1 milhão de doses para a segunda fase da imunização, desde 4 de setembro, e ainda não foram entregues. Em Bebedouro, para aplicação da 2ª dose de Astrazeneca em alguns públicos, devido à falta, Bebedouro está realizando a substituição pela Pfizer, conforme orientação estadual. “Recebemos cerca de 700 doses para substituir o que nos faltava de Astrazeneca e já iniciamos a aplicação nesta semana. Ninguém ficará sem”, afirma Teixeira.
Publicado na edição 10.609, de 15 a 17 de setembro de 2021.