Antonio Carlos Álvares da Silva
Durante a última campanha eleitoral, para a presidência, Dilma e Lula pintaram o Brasil, como um país equilibrado, com baixo desemprego, inflação controlada e boas chances de crescimento. Terminada a eleição, a verdade veio à tona: indústria estagnada, crescimento zero, greve de caminhoneiros e grande aumento da dívida do governo federal. A revista econômica britânica “The Economist” nessa última semana, publicou capa, onde o Brasil aparece atolado no brejo. A consequência desse quadro foi a seguinte: aumento geral de impostos, taxas e do déficit previdenciário. É claro, que essa situação pressiona o governo e de tabela o PT, ainda mais, que é acompanhada de contínuas denúncias de corrupção na Petrobrás. Esse quadro demandaria do governo e do PT uma atitude de conciliação. Se o problema é do Brasil, o interesse em solucioná-lo deve ser de todos os brasileiros. Mas, como o poder está nas mãos do governo, a iniciativa deve ser dele. É exatamente isso, que o presidente eleito do Uruguai, Tabaré Vásquez, está fazendo. Acontece, que as providências principais são diminuição de gastos e de benefícios fiscais. Mas, tais providências podem ser do interesse do governo, mas, não constam do vocabulário do PT.
Para substitui-las, o partido ressuscitou a velha guerra. Elites contra o Povo, Patrões vesus Empregados, Ricos contra os Pobres… Para motivar a equipe oficial essa dicotomia está sendo apresentada como uma guerra. O general dessa guerra é Lula. Suas declarações nesse sentido não deixam nenhuma dúvida: “Eles querem guerra, pois, nós vamos mostrar, que sabemos lutar”. Não satisfeito, com essa bravata, convocou João Pedro Stedile, presidente do Movimento dos Sem Terra, para participar. Declarou: O exército de Stedile irá para as ruas, em defesa do PT. O termo usado, “exército”, não deixa dúvida, que o PT quer fazer do enfrentamento sua tática política. O presidente do PT, Rui Falcão, que nunca se destacou pelos dotes de inteligência, levou o lema ao pé da letra e convocou milícias de Cuba, Bolívia e Venezuela, para virem ao Brasil, participar dessa luta. Ocorre, que essa atitude está isolando Dilma e seu governo, que tinham descoberto o óbvio: Para o Brasil voltar a crescer, antes é preciso arrumar as finanças, com medidas, que desagradarão setores econômicos atingidos. O PT é um partido de gente medíocre, bitolada e está carcomido por anos de uma ideologia rasteira e ultrapassada. Essa ideologia não aceita o princípio básico da democracia, a negociação com os demais partidos. Ainda sonha com o partido único dos tempos de Stalin e Mao. Daí se vale de slogans desses ditadores. E o pior, é que não existe nenhuma possibilidade dessa turba aprender com o passado.
(Colaboração de Antônio Carlos Alvares da Silva, advogado bebedourense).