O MP alerta que quem for pego em flagrante, pode ser denunciado por crime eleitoral e contra a honra.
Com as eleições municipais chegando à reta final, alguns candidatos começaram a apelar não poupando nem os familiares do adversário. Uma das últimas apelações utilizadas pelos desesperados foi a distribuição de panfletos anônimos atacando o primeiro colocado nas intenções votos, Fernando Galvão, segundo pesquisas divulgadas. Se não bastasse, o irmão também foi alvo da fúria dos adversários, em vídeo postado no You Tube e em redes sociais.
O promotor eleitoral, Fábio Constantini alerta que a distribuição de panfletos anônimos pode ser qualificada como crime eleitoral. Para o cientista político, Renê Bernardes de Souza, o uso de panfletos anônimos e outras ferramentas para atacar candidatos são frutos de desespero eleitoral na reta final.
Desespero pode gerar apelação
A Delegacia Seccional poderá abrir inquérito contra um vídeo postado no You Tube e divulgado pelas redes sociais contra o advogado Carlos Galvão Moura Júnior. As imagens são de uma suposta entrevista com um antigo cliente que reclama de serviços prestados pelo advogado.
Júnior é irmão do candidato a prefeito Fernando Galvão Moura (DEM).
“Conseguimos ganhar a causa e obter a indenização em favor desta pessoa, e o dinheiro nem passou por minhas mãos, foi direto para ele, por isto, não sei qual a razão para o ataque”, comenta Júnior Galvão, complementando que a documentação que comprova suas palavras é farta e não deixa dúvida. Como também não há dúvidas sobre a idoneidade de sua família em 40 anos de atividades na cidade.
O delegado seccional José Eduardo Vasconcelos acha que o vídeo pode ser qualificado como crime contra a honra. “Mas vai depender de investigação para saber quem é o autor”.
Análise
Para o cientista político Renê Bernardes de Souza Júnior, o uso de panfletos anônimos e outros instrumentos para atacar outros candidatos é fruto de desespero eleitoral na reta final da campanha.
“Com certeza, quem fez, tem em mãos dados de pesquisa, sabe que será difícil reverter pelos caminhos normais, o quadro, então, apela”, diz Souza Júnior.
(…)
Leia mais na edição n° 9457, dos dias 2 e 3 de outubro de 2012.