
Pânico 6 chegou aos cinemas de todo o Brasil com recorde de bilheteria, arrecadando, apenas no final de semana de sua estreia, cerca de R$ 8,592 milhões, somente nos cinemas brasileiros, superando a estreia de outros filmes em cartaz, inclusive os indicados ao Oscar, como ‘A Baleia’, que arrecadou R$1,642 milhão no mesmo final de semana.
O sexto capítulo da franquia slasher mais famosa do mundo “Pânico VI” alcançou incríveis números em bilheteria, tornando-se a maior abertura da franquia nos Estados Unidos com US$ 44,5 milhões, ultrapassando ‘Pânico 3’, com US$ 34 milhões. A tendência é que o filme tenha a maior bilheteria da franquia em todo o mundo, ultrapassando o filme de 1996, o primeiro, que arrecadou US$ 173 milhões.
O sucesso não é à toa e muitos podem até apontar o dedo dizendo que a fórmula de ‘Pânico’, se mantém a mesma por mais de 25 anos. E é exatamente isso que faz a franquia sobreviver, a fidelidade dos diretores e roteiristas à fórmula original. Apesar deste respeito com os ingredientes que conquistaram o mundo lá em 1996, a sexta parte do filme inova, pouco, mas inova e são estes pequenos ajustes que fazem o novo capítulo ser considerado o melhor da franquia, exceto pelo primeiro, que jamais será superado, simplesmente por ser o primeiro.
A cena inicial de ‘Pânico 6’ é diferente… aliás, é a primeira vez que a primeira cena do filme é ambientada num local público, com uma revelação já nos minutos iniciais que surpreende até os mais experientes cinéfilos sentados na poltrona do cinema. A ausência de Neve Campbell, a eterna Sidney é explicada em certo ponto, mas mesmo assim não deixa o filme perder seu brilho. Claro que Sidney faz falta, mas os diretores conseguiram supri-la, dando mais espaço a outros personagens e sequências eletrizantes.
Ponto positivo para Melissa Barrera, a protagonista Sam, que foi apresentada ao público na quinta parte da franquia, em 2022. Sam cresce como personagem, sua ligação com o passado do filme faz todo o sentido e, para os fãs, esta amarração da narrativa traz o gostinho da nostalgia. Outro acerto é a presença de Jenna Ortega, que após o sucesso como Wandinha, da Netflix, abrilhanta qualquer produção. As sequências envolvendo Tara, sua personagem, são sempre eletrizantes. A volta de Hayden Panettieri, como Kirby, sobrevivente de ‘Pânico 4’, também movimenta a trama e traz novas revelações. Do elenco antigo, Courteney Cox, a eterna Gale, tem muito destaque neste novo capítulo, para alegria dos fãs. Gale, inclusive, protagoniza uma das sequências mais fantásticas da franquia, quando é perseguida pelo Ghostface.
Por falar nele, o assassino apresenta-se muito mais violento e sangrento desta vez, sem sequências apavorantes e inusitadas. Vale a pena assistir e parece que o mundo percebeu isso. As especulações para ‘Pânico 7’ já estão a todo vapor e não demora muito até confirmar. Que venham mais e mais. Uma franquia, quando é boa e quando respeita a fórmula inicial, não tem porque chegar ao fim.
Publicado na edição nº 10.742, sábado a terça-feira, 18 a 21 de março de 2023