A segunda temporada de Perfil Falso chegou à Netflix em janeiro e, em poucas horas, já figurava entre os títulos mais assistidos da plataforma. A série, que conquistou uma legião de fãs com sua primeira temporada repleta de reviravoltas eletrizantes, retornou com mais dez episódios sob a direção de Klych Lopéz e Catalina Hernández. Com Pablo Illanes como produtor executivo, a trama acompanha novamente Camila, mais uma vez muito bem interpretada por Carolina Miranda, agora tentando reconstruir sua vida enquanto encara um novo mistério, desta vez ligado a um serial killer que usa um perfil falso com o seu antigo nome no Tinder.
Se na primeira temporada Perfil Falso apostou em um drama voraz, digno das produções espanholas mais intensas, a continuação chega um pouco mais fria. Não que a série tenha deixado de lado o suspense e a sedução que a tornaram um sucesso, mas há uma sensação de que a carga emocional foi suavizada, talvez para dar espaço a um mistério mais elaborado. Para os fãs, a maratona ainda vale a pena, e o gosto do vício segue ativo, mas, agora, com uma dose menor de adrenalina.
O trio principal segue sendo um dos grandes trunfos da produção. Carolina Miranda mais uma vez brilha como Camila, entregando camadas emocionais à personagem que tenta superar seu passado conturbado. Rodolfo Salas, no papel de Miguel, mantém a tensão e o magnetismo do personagem, enquanto Manuela González, como Ángela, traz força e complexidade à trama.
Talvez, para quem começar a assistir agora, desde a primeira temporada, a transição entre os dois momentos da série passe despercebida. No entanto, para quem aguardava ansiosamente a sequência, a sensação é de que Perfil Falso perdeu um pouco do seu impacto inicial. Ainda assim, continua sendo um prato cheio para quem gosta de suspense, traições e segredos escondidos atrás de telas.
Publicado na edição 10.904, de sábado a terça-feira, 15 a 18 de fevereiro de 2025 – Ano 100
