Todos devem reforçar o movimento popular que reivindica do Governo de São Paulo mais segurança pública.
Na semana passada, a empresária Patrícia Matarazzo recebeu resposta do Governo de São Paulo para a reivindicação de aumento do efetivo da Polícia Militar em Bebedouro. Ela mobilizou a sociedade com abaixo-assinado distribuído pelos quatro cantos da cidade. Mas, como era de se esperar, a resposta foi negativa.
Os argumentos enviados pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo foram os mais inusitados. Dentre eles, a alegação de que a quantidade de crimes não justifica a instalação de base maior da PM em Bebedouro. As comparações veem baseadas no tamanho da cidade.
Coincidentemente, nos últimos dias foram divulgados números interessantes da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Somente neste ano, Bebedouro registrou cinco assassinatos. Enquanto isto, em Barretos, município bem maior, houve apenas dois homicídios. E é na terra dos peões de boiadeiro onde está instalado o maior regimento da PM.
Outro bom exemplo que derruba os argumentos do Governo de São Paulo é Guariba. A cidade com 35 mil habitantes, em dez meses do ano, registrou oito assassinatos. Se for levado em conta os argumentos da Secretaria de Segurança para negar para Bebedouro aumento do policiamento, Guariba está entregue à própria sorte.
A reivindicação da população de Bebedouro, encabeçada pela empresária Patrícia Matarazzo está sendo feita no momento propicio. Preventivamente, antes que tenhamos uma série de assassinatos e a violência tome conta das ruas.
Respeitamos o posicionamento da Secretaria de Segurança que orienta tanto os comandos da Polícia Militar quanto da Polícia Civil a não se pronunciarem de forma alarmante. Porém, o que eles não dizem, as estatísticas gritam.
Mas esta primeira recusa para o aumento do efetivo não pode ser motivo para que Patrícia Matarazzo e os bebedourenses desanimem. Talvez seja a hora de unir forças com outras lideranças, semelhantes àquelas que integram o ‘Movimento Raul Furquim Sem Fim’. E novamente, com mais força, fazer a mesma reivindicação.
Publicado na edição n° 9477, dos dias 22 e 23 de novembro de 2012.