Antonio Carlos Álvares da Silva
Se alguém perguntar: O Brasil está em crise? A resposta vai ser unânime, aqui e no exterior: É claro, que está! A dúvida terminou quando Michel Temer, presidente do PMDB, encheu o álbum, aconselhando o governo Dilma, a diminuir o número de ministérios e de cargos em comissão. Mostrou, que a coisa está feia mesmo. Também existe consenso, que crise existe há um bom tempo. A pá de cal foi o déficit da balança comercial brasileira em 2014. Foi de bilhões de dólares, quando até 2007, apresentava um grande saldo, que foi diminuído, até virar esse monumental déficit. Acontece, que a maioria do PT, faz questão de não ver a existência da crise. As federações dos sindicatos, todas dominadas pelo partido, estão contra as medidas do ajuste fiscal do governo, que tem apoio até da oposição. Agem, faz tempo, como se o governo vivesse uma época de prosperidade e bonança. A maior prova: Há uns 2 anos, o BNDES, cujo capital é fornecido pelo Tesouro Nacional, emprestou mais de um bilhão de dólares para Cuba ampliar o porto de Mariel. Recentemente, fez um novo empréstimo de 150 milhões de dólares, para a reforma do aeroporto daquele país. Faz essas bondades, enquanto reclama da diminuição dos investimentos estrangeiros no Brasil. E, se não houver controle, essa gastança vai aumentando. No mês passado, o deputado do PT, André Sanchez, ex-presidente do Corinthians , apresentou pro jeto de lei complementar, concedendo aposentadoria, para todos os atletas profissionais e semi-profissionais, que tenham feito pagamento ao INSS de apenas 20 anos de contribuição. Ao falar, também em semiprofissionais, está incluindo atletas das categorias de base, com 15 anos de idade. Tradução: Esses atletas poderão se aposentar, desde os 35 anos de idade. A justificativa é que a profissão prejudica a saúde e a integridade dos atletas. Quando me lembro de jogadores, que morreram com mais de 90 anos de idade e outros, que estão vivos com 80 anos, pergunto: Que profissão de risco é essa, cujo desempenho é o esporte, mundialmente aceito, como beneficio à saúde? Já vejo o leitor ponderar: O dinheiro é do governo, essa velha viúva, que não controla coisa nenhuma. Porém, a atitude está se estendendo, para outras áreas. Recentemente, artigo do Estadão – 24-3-15 – noticiou, que fundos de previdência de órgãos estatais, todos controlados pelo PT, estão fazendo gracinhas, com o dinheiro, cuja finalidade única é beneficiar os funcionários dessas estatais. Citou o exemplo do Postalis, fundo dos empregados dos Correios, que apresentou um prejuízo de 5,6 bilhões, isso bilhões de reais na aplicação do dinheiro amealhado. Entre outras barbaridades, esse fundo aplicou dinheiro na compra de títulos públicos da Argentina e da Venezuela, países notoriamente, faz tempo, passam por crises insuperáveis e seus títulos não param de desvalorizar. Os Correios propuseram fazer um desconto de 26% nos salários dos empregados, para sanar esse rombo. Eles obviamente, não aceitam. Adivinha, quem vai acabar pagando essa conta?
(Colaboração de Antônio Carlos Alvares da Silva, advogado bebedourense).