Respeito é bom e todos gostam

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Pais e professores têm papeis distintos. Cabe a cada um fazer a sua parte bem feita.

Os avanços da sociedade foram todos à custa de muitos sacrifícios. Além das conquistas sociais, a luta dos homens é a luta pela cidadania, com inclusão dos excluídos, com acesso a informação num mundo sem fronteiras, com direitos e deveres relacionados ao trabalho e à convivência.
Temos uma responsabilidade individual para preservar e garantir a vida em sociedade: dar educação aos que chegam, aos filhos.
Uma atribuição exclusiva dos pais e que não pode ser repassada. Aos pais cabe dar limites, ensinar valores e princípios, repassar regras de comportamento. Dos pais são estas tarefas, não da escola.
À escola cabe ensinar disciplinas, como português, matemática, história… oferecendo-lhes conhecimento e cultura.
Numa época não muito distante, o professor era tão respeitado que sua palavra era lei, acima de qualquer suspeita. Ao chamar pais à escola, alunos tremiam…
Mas alguma coisa mudou para pior.
Reina o abuso, o desrespeito e uma troca de papeis. Escolas tentam educar filhos e não ensinar alunos. E pais, engrossam a fileira dos alunos malcriados.
O que fazer frente ao adolescente que agride o motorista que o leva e traz da escola porque foi advertido por ele? Como filho, esse adolescente já não deveria ter aprendido com seus pais que bancos de ônibus que transportam alunos são para sentar e não para colocar os pés? E como filho, ele não deveria saber que apedrejar o ônibus que o transporta até a escola é crime? Tão simples as respostas… mas elas não vêm.
O que fazer com essa inversão de papeis? Filhos o são para sempre. Alunos, só enquanto estiverem na escola, talvez 4 horas por dia, 5 vezes por semana.
Por isso, pais eduquem seus filhos para serem cidadãos plenos; escolas ensinem seus alunos para serem doutores do conhecimento.
Só assim a vida pode seguir seu curso.

Publicado  na edição nº 9739, dos dias 30 e 31 de agosto e 1° de setembro de 2014.