Sem título – nem de eleitor

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Previsões são interessantes, quando acertam. Uns 5 meses atrás. previsões mostravam um grande desinteresse de grande parte dos brasileiros de prestigiar os pré-candidatos. Subitamente, surgiu um novo fato: Um político no CONGRESSO há 28 anos, considerado do “baixo clero”, exatamente por nunca ter se destacado na Câmara dos Deputados – nunca apresentou projeto de lei de repercussão nacional, nem participoiu de debates importantes, se apresenta como candidato à presidência da república, por um partido pequeno (só tinha um deputado). Mas, em pouco tempo conseguiu destaque na mídia política. Os analistas políticos apresentaram uma explicação simples, para um fato complexo: Ele tocou um grande número de eleitores por apresentar uma proposta de governo com dois pontos chaves: Aumento da segurança da população, com melhoria das condições econômicas. Essa proposta dupla caiu no gosto do povo e muitos deles adotaram a candidatura de Jair Bolsonaro, com entusiasmo. O restante dessa estória, todos acompanharam, até a eleição do último dia 7. O PT, montado na aura mística de seu líder – Lula – apresentou o candidato Fernando Haddad, como oponente de Bolsonaro e foi para o segundo turno, porém bem abaixo de Bolsonaro. Para essa segunda fase, começaram a se delinear as táticas do PT, para reverter a diferença mostrada nas urnas no primeiro turno. A maioria é puramente partidária de propaganda, baseada na ação dos petistas. Uma, porém, me chamou atenção por seu ineditismo. Seus marqueteiros aconselharam Haddad se afastar da imagem de Lula. Explicaram: Ele não vai perder os votos dos petistas, já que é o candidato do partido. Em compensasão, poderá conseguir votos dos não petistas, sem os quais suas chances são poucas. A tática tem lógica, mas, me deixa uma dúvida, mais que cruel; Como é, que Haddad, que durante toda a campanha se apresentou, como a face nova de Lula, vai sair do colo de seu chefe e guia espiritual, para assumir uma postura independente. Passo essa dúvida aos meus leitores. Para finalizar, uma piada da hora: Ela relata, que Bolsonaro perdeu a eleição no Nordeste, porque prometeu conseguir emprego para todos os nordestinos.

Colaboração de Antônio Carlos Álvares da Silva, advogado bebedourense.

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Publicado na edição nº 10322, de 12 a 15 de outubro de 2018.