Essa semana será muito importante e de decisão para dois grandes times do futebol nacional: Atlético-MG e São Paulo. Enquanto o primeiro tem a árdua missão de reverter um resultado de dois gols de diferença para sagrar-se campeão da Taça Libertadores, o segundo, pela fase que atravessa, tem a dificílima tarefa de voltar a vencer para retomar os rumos de um time grande e campeão, evitando-se assim o agravamento de uma crise que já se iniciou.
Para tentar a inédita conquista da Libertadores, o Atlético contará com o apoio de sua torcida, mas o jogo será no gigante Mineirão, e a falta da torcida mais próxima dos jogadores adversários poderá ser um ponto negativo para o time mineiro. Claro que a maioria esmagadora presente no Mineirão será de torcedores atleticanos, mas o fato de não mandar o jogo no Estádio Independência, onde está invicto no torneio, poderá fazer uma diferença. Esperamos que não, e que o Atlético consiga manter a escrita de uma equipe brasileira vencer a competição, o que vem ocorrendo nos últimos três anos (Internacional, Santos e Corinthians).
Já o São Paulo atravessa o pior momento de sua gloriosa história. Dono de Libertadores, Mundiais e Campeonatos Nacionas, o Tricolor vem de uma série de sete derrotas consecutivas, e o clima no Morumbi está péssimo, a ponto de haver discussões e até agressões entre a diretoria e os próprios torcedores. Para piorar, enfrentará um adversário embalado na próxima rodada (pegará o Internacional no Morumbi) e no final de semana fará mais um clássico contra o Corinthians, no Pacaembu.
Acredito que a culpa pelo atual momento (se é que se pode apontar um único culpado) não é exclusiva do presidente Juvenal Juvêncio. A troca de comando recente e as especulações de que existem “panelinhas” entre os jogadores também contribui, e muito, para isso. Luis Fabiano é um monstro na área, faz muitos gols e para mim é um dos melhores centroavantes do futebol.
Contudo, já há um tempo, o atacante vem de uma relação desgastada com o clube, principalmente após declarações de Juvenal de que não faria força nenhuma para segurar o jogador caso aparecesse alguma proposta. Jogadores, por mais que ganhem salários milionários, precisam de apoio e, digamos, “carinho”, para desenvolver seu futebol, e Luis Fabiano é um dos melhores exemplos disso, pois quando está em paz com a torcida e com a diretoria, balança as redes como ninguém.
Para finalizar, vale destacar o excelente trabalho que o treinador Gilson Kleina vem fazendo frente ao Palmeiras, com jogadores até então desconhecidos e que estão rendendo o esperado, casos de Leandro, Vilson e Márcio Araújo. Líder da Série B, o Verdão está rumando a passos largos e no caminho mais que correto para sua volta à Séria A.
Publicado na edição n° 9574, dos dias 23 e 24 de julho de 2013.