Vamos falar sobre o câncer

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Fernando Henrique Meglioratti

Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas. Por outro lado, um tumor benigno significa simplesmente uma massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original, raramente constituindo um risco de vida.
Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo. Por exemplo, existem diversos tipos de câncer de pele porque a pele é formada de mais de um tipo de célula. Se o câncer tem início em tecidos epiteliais como pele ou mucosas ele é denominado carcinoma. Se começa em tecidos conjuntivos como osso, músculo ou cartilagem é chamado de sarcoma.
Outras características que diferenciam os diversos tipos de câncer entre si são a velocidade de multiplicação das células e a capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes (metástases). A Incidência do Câncer varia de acordo com sua localização.
As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo, estando ambas inter-relacionadas. As causas externas relacionam-se ao meio ambiente e aos hábitos ou costumes próprios de um ambiente social e cultural. As causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente pré-determinadas, estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas. Esses fatores causais podem interagir de várias formas, aumentando a probabilidade de transformações malignas nas células normais.
De todos os casos, 80% a 90% dos cânceres estão associados a fatores ambientais. Alguns deles são bem conhecidos: o cigarro pode causar câncer de pulmão, a exposição excessiva ao sol pode causar câncer de pele, e alguns vírus podem causar leucemia. Outros estão em estudo, como alguns componentes dos alimentos que ingerimos, e muitos são ainda completamente desconhecidos.
O envelhecimento traz mudanças nas células que aumentam a sua suscetibilidade à transformação maligna. Isso, somado ao fato de as células das pessoas idosas terem sido expostas por mais tempo aos diferentes fatores de risco para câncer, explica em parte o porquê de o câncer ser mais frequente nesses indivíduos. Os fatores de risco ambientais de câncer são denominados cancerígenos ou carcinógenos. Esses fatores atuam alterando a estrutura genética (DNA) das células. O surgimento do câncer depende da intensidade e duração da exposição das células aos agentes causadores de câncer. Por exemplo, o risco de uma pessoa desenvolver câncer de pulmão é diretamente proporcional ao número de cigarros fumados por dia e ao número de anos que ela vem fumando. Os tipos de câncer mais comuns são: Anal, Bexiga, Rim, Boca, Colorretal, Colo do Útero, Vulva, Esôfago, Estômago, Fígado, Infantil, Laringe, Tireóide, Leucemia, Linfoma de Hodgkin, Linfoma não-Hodgkin, Mama, Ovário, Pâncreas, Pele Melanoma, Pele não Melanoma, Pênis, Próstata, Pulmão, Testículo, Tumores de Ewing, Sistema Nervoso Cerebral, Ósteossarcoma, Músculo esquelético, Retinoblastoma.
Atualmente existem vários métodos de tratamento para o Câncer, em muitos casos, é necessário combinar mais de uma modalidade.
Radioterapia: Tratamento no qual se utilizam radiações para destruir um tumor ou impedir que suas células aumentem. Estas radiações não são vistas, e durante a aplicação o paciente não sente nada. A radioterapia pode ser usada em combinação com a quimioterapia ou outros recursos no tratamento dos tumores.
Quimioterapia: Tratamento que utiliza medicamentos para combater o câncer. Eles são aplicados, em sua maioria, na veia, podendo também ser dados por via oral, intramuscular, subcutânea, tópica e intratecal. Os medicamentos se misturam com o sangue e são levados a todas as partes do corpo, destruindo as células doentes que estão formando o tumor e impedindo, também, que elas se espalhem pelo corpo.
Transplante de medula óssea: Tratamento para algumas doenças malignas que afetam as células do sangue. Ele consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula.
Cirurgia: É a modalidade de tratamento mais antiga e mais definitiva, principalmente quando o tumor está em estágio inicial e em condições favoráveis para sua retirada.
Iodoterapia: Devido à seletividade da concentração observada, o tratamento é muito eficaz e tem mínimos efeitos colaterais para o paciente; mas a existência de radiação requer a internação em quartos especialmente preparados.
Hormonioterapia: A hormonioterapia é um tratamento que tem como objetivo impedir a ação dos hormônios que fazem as células cancerígenas crescerem. A hormonioterapia age bloqueando ou suprimindo os efeitos do hormônio sobre o órgão alvo.
Felizmente nos dias de hoje o tratamento do câncer é acessível para toda população e também disponível pelo SUS, porém infelizmente muitas pessoas abandonam o tratamento ou até apresenta sinais ou sintomas e não procuram auxílio médico que é indispensável. O motivo por publicar esse artigo é concientizar toda população de Bebedouro que a incidência do câncer está aumentando conforme a população envelhece e é preciso atenção. Manter contato médico com boa frequência é indispensável para todas as pessoas independente de sexo e idade. O câncer quando descoberto no início tem altas chances de cura, portanto cuide-se. Também oriento aqueles que estão em tratamento, a seguirem todas as recomendações médicas, ter boa alimentação e principalmente manter-se motivado pois o tratamento cura e mesmo em situações mais graves o tratamento permite boa qualidade de vida e longevidade, mas tudo depende sempre do empenho do paciente. Não desista e cuide-se.
(Colaboração de Fernando Henrique Meglioratti, Fisioterapeuta Bebedourense, graduado em Fisioterapia pela Unifafibe, pós graduado pela FAMERP, membro da Equipe São Francisco e HC-FMUSP. Email: [email protected]).

 

Publicado na edição n° 9432, dos dias 2 e 3 de agosto de 2012.

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