Antônio Carlos Álvares da Silva
Dia 25 de outubro aconteceu o centenário da Revolução Bolchevique. Seu palco foi a Rússia. Ela não merecia e não teve comemorações. Nem mesmo na Rússia. O presidente Putin fez questão de deixa-la em um plano secundário e sem importância. Porém, ela merece ser lembrada, pelos imensos malefícios causados não só na antiga União Soviética, mas, em todo o mundo, que a acolheu. Essa revolução foi uma impostura até no seu nascimento. Isso porque, até fevereiro do ano de 1917, o regime autoritário, chamado Czarismo dirigia o país através de um imperador onipotente chamado CZAR. Era brutal e foi derrubado por um movimento republicano, que se dizia democrático, que se dizia democrático. Mas, repetiu grande parte das mazelas dos antigos Czares. Isso deu justificativa aos bolcheviques, comandados por Lenin, dissolveram pela força, a nascente Assembleia Constituinte, esmagando todos aqueles, que tentaram se opor. Sem nenhum disfarce. Lenin não escondeu a violência. Questionado, em uma visita a Paris, Lenin respondeu: Liberté, a quoi faire? – Liberdade, para que?- Essa repressão cruel, delineou a face do movimento, que imperou na Rússia até 1979, rebatizado com o nome de Comunismo. Foi exportado para vários países em nome de um ideal socialista de igualdade. Mas, na verdade, só beneficiou os membros mais espertos do Partido Comunista em todos os países do mundo. Seu pretexto era “acelerar a história, na frase de Lenin. Com isso, esmagou não só os seus opositores, mas, principalmente camponeses, que se rebelaram contra a coletivização da terra, onde viviam, sob o comando de um Senhor. Todos os cálculos de historiadores confluem, que essa repressão causou, além de deportações para a gélida Sibéria, julgamentos falsos, gulags, mais de 20 milhões de mortos, somente no período de Lenin e Stalin. O acontecido na União Soviética, de uma forma, ou de outra, se repetiu em vários outros países do mundo, com destaque para a China. E sempre teve o apoio do partido comunista russo. Exemplo marcante aconteceu em Cuba. Lá o regime de Fidel Castro foi financiado por Moscou, para que pudesse sobreviver. Toda essa impostura espalhada pelo mundo teve um componente sardônico. A justificativa foi que o comunismo era o portador da verdade e da história. Como argumentou artigo do Estão, 26-10-2017, A-3,: É possível aniquilar a democracia, apenas com alegações de boas intenções. O incrível é, que o ideal comunista vicejou principalmente entre acadêmicos, intelectuais, artistas e jovens universitários. Era chique ser socialista e defender a igualdade. Na defesa desse ideal, eles se engajavam a todos, que se apresentavam como tal. Especialmente, quando alguém lhes fornecesse verbas. Depois do desmoronamento da União Soviética e a queda do muro de Berlim, o comunismo foi varrido de toda a Europa. No Brasil, no entanto, escondeu a denominação, mas, foi acolhido pelo PT e de outros partidinhos nanicos, que a ele se associaram. Perdeu sua força. Mas, como brasileiro torce para a política, como torce no futebol – quer ganhar de todo jeito – continua causando estragos. Vide a dupla Lula/Dilma. Em nome da unidade do partido, eles permitiram que a corrupção, tanto na economia, como nos privilégios de certas categorias de funcionários públicos atingisse a níveis inimagináveis. E o Brasil está se ardendo, com as consequências.
Colaboração de: Antônio Carlos Álvares da Silva, advogado bebedourense.