
Jogo entre Inter e XV de Jaú deixou bastante gente vidrada.
Nunca vou esquecer a emoção de assistir uma partida da Internacional no lendário estádio Arnoldo Bulle, em meados da década de 80. Com certeza esta também será a lembrança marcante de meu filho Júnior, ao assistir a vitória da Inter pelo placar de 2 a zero no XV de Jaú, no domingo passado (15).
Há muito tempo, eu não via o estádio Sócrates Stamato com tanta gente. O público médio que era de 400 pessoas saltou para 1080 no domingo (15). Tudo também graças a alguns fatores, o clima de decisão e a mobilização da torcida.
Em campo, após a última derrota para o Matonense, em pleno Stamatão, havia ambiente de animosidade entre time e torcedores por causa do ato repentino de um jogador. Para selar as pazes, os atletas entraram em campo saudando o público como se fossem artistas em espetáculo.
A cada drible, bola roubada e bloqueio da zaga eram correspondidos com vibração da torcida que não parava um minuto sequer de gritar e pular. Antes quem fazia isto era só o torcedor símbolo, o Xororó. Na arquibancada foi bonito de se ver a mistura de classes sociais, etnias, homens, mulheres, crianças e idosos, famílias inteiras para acompanhar o único time profissional da cidade.
Falando em família, mesmo com todos os parentes envolvidos, ajudado pelos jogadores de futsal feminino, o pipoqueiro João Cascão quase não dá conta dos pedidos. Também tinha fila para sorveteiro e no bar. Tudo num clima de muita alegria atestada em fotos postadas nas redes sociais, Facebook e Instagram, pelos torcedores.
Pela primeira vez em anos, quando o árbitro apitou o final da partida, deu para perceber lágrimas nos olhos de jogadores e torcedores. Na saída, teve gente perguntando quando seria o próximo jogo.
Assim como acontece com o Corinthians, onde cada conquista vem após muita briga e sofrimento, talvez este também seja o modo de torcer pela Inter.
Publicado na edição nº 9598, dos dias 17 e 18 de setembro de 2013.