
Prefeito termina quatro anos de mandato que devem servir de reflexão para todos.
Dia 31 de dezembro terminam os quatro anos de mandato do prefeito João Batista Bianchini (PTB), o Italiano. Com certeza, até ele deve reconhecer que foram 48 meses de muita polêmica. Aliás, até antes da posse haviam problemas. Suspeita de compra de votos com promessa de entrega de casa popular e a desaprovação da prestação de contas da campanha que ele tinha feito para deputado que quase inviabilizaram sua diplomação.
A Operação Cartas Marcadas, em 2010, praticamente exigiu todas as forças políticas de Italiano para manter-se no cargo. E o pouco de energia que lhe restou foi gasto inutilmente para acabar com a concessão do terreno das torres da Rádio Bebedouro AM, de propriedade do advogado Fernando Galvão (DEM).
Eleito pelo Partido Verde, o primeiro ato do Governo Italiano foi a tentativa de cortar árvores às margens do Lago Artificial. E o interessante é que em quatro anos, a cidade nem chegou perto de ganhar o Selo Município Verde Azul – concedido pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Culpa-se a falta de estação de tratamento de esgoto, mas não aconteceram nesta administração projetos ambientais inovadores.
De positivo nesta administração, pode-se dar pontos ao ex-coordenador Cultural, Fauze Bazzi. Sem recursos financeiros, ele conseguiu parceria para atrair eventos artísticos para a cidade. O interessante é que após as eleições, ele foi o primeiro a ser demitido.
Tenho certeza que neste momento, o prefeito Italiano esteja achando que foi vítima de perseguição política e dos meios de comunicação. Dificilmente vai admitir os erros cometidos. Assim foi com todos os ex-prefeitos que não conseguiram se reeleger. Mas passados os meses, com o distanciamento dos bajuladores e assessores, na solidão de casa, ele vai perceber de fato, o que aconteceu. Somente os verdadeiros aliados ficarão do seu lado. Poucos irão lhe defender nas ruas. E é neste momento que Italiano vai perceber que deveria ter governado conforme os interesses da população e não com conveniências politicas ou pessoais.
Para Fernando Galvão (DEM) também fica o alerta. Olhe para o fim dos últimos governos. Vai encontrar lá pistas do que não fazer nos próximos quatro anos. Deve dar sequência aos pontos positivos (todos tiveram) e evitar repetir os erros. Basta ter paciência em observar.
(Colaboração de Marco Antônio dos Santos, jornalista).
Publicado na edição n° 9491, dos dias 27 e 28 de dezembro de 2012.