A doença hepática gordurosa está aumentando rapidamente entre os americanos, superando as taxas de obesidade de muitos grupos étnicos raciais e afetando a saúde do fígado de milhões de pessoas. No geral, a doença hepática gordurosa associada à disfunção metabólica, conhecida como Maflad, em americanos aumentou 131% nas últimas três décadas, passando de 16%, em 1988 para 37%, em 2018. Usando como dado comparativo, a obesidade aumentou apenas 74% neste mesmo período, afetando 40% dos americanos até 2018.
A doença hepática gordurosa ocorre quando o excesso de gordura começa a ser armazenado no fígado, causando inflamação e eventualmente cicatrizes.
A maioria das pessoas pode viver com doença hepática gordurosa, mas em algumas destas pessoas progridem para o não funcionamento do fígado, resultando em cirrose hepática ou câncer de fígado.
Alguns com doença hepática gordurosa precisam de um transplante do órgão esta doença se tornou a principal causa de transplante de fígado em mulheres.
Pessoas com fatores de riscos como obesidade, diabetes tipo 2, ou síndrome metabólica são mais propensas a desenvolver esteatose hepática .
O estilo de vida americano está contribuindo amplamente para a doença hepática gordurosa com o uso de: alimentação industrializada, excesso de açúcar, obesidade, sedentarismo, tabagismo e alcoolismo.
Acredito que nossa realidade esteja bem próxima da dos americanos.
A doença hepática gordurosa pode ser detectada com exames de sangue simples (check-up anual), seguido por ultrassom ou exame de imagem.
A boa notícia é que a doença hepática gordurosa pode ser revertida, porque o fígado tem capacidade notável de curar-se.
Melhore seu estilo de vida, sua saúde merece!
(Colaboração de Luiz Assunção, farmacêutico clínico, especialista em acompanhamento farmacoterapêutico, especialista em gastroenterologia funcional e nutrigenômica).
Publicado na edição 10.766, sábado a terça-feira, 24 a 27 de junho de 2023 – Ano 99