
Não costumo acompanhar o basquete nacional, apenas às vezes, nos disputados jogos finais do campeonato brasileiro entre Flamengo, Brasília e Bauru, os melhores times do país. Nessas oportunidades, procuro me informar um pouco para não ficar tão alienado a esse esporte que um dia já foi grande no Brasil. E parece que está voltando a ser. Nos últimos 4 anos, com a criação do Novo Basquete Brasil (NBB), os jogos têm sido mais disputados, com revelação de ótimos jogadores – muitos deles atualmente jogando no forte basquete americano – e consequentemente com a formação de uma seleção nacional competitiva.
A Seleção Brasileira de Basquetebol Masculino foi convocada pela primeira vez em 1922, quando, por ocasião das comemorações do Centenário da Independência do Brasil, foram realizados os Jogos Olímpicos Latino-Americanos. Nesta competição, enfrentando as equipes da Argentina e do Uruguai, o Brasil sagrou-se campeão.
A Federação Brasileira de Basketball, órgão que antecedeu à atual Confederação Brasileira de Basketball, entretanto, só viria a ser fundada em 25 de dezembro de 1933.
Em 2010, a CBB (Confederação brasileira de Basquete), confirmou o argentino Rubén Magnano para técnico da seleção. A seleção é cotada, devido aos últimos retrospectos em campeonatos, para estar entre as oito principais seleções do mundo, nos próximos anos. Ficou na nona colocação no último mundial de basquetebol, em 2010. E essa cotação não foi à toa, pois no domingo (7) a seleção venceu de forma categórica, o forte time da Argentina, e já está nas quartas de final do Campeonato Mundial que acontece na Espanha, figurando, portanto, entre as oito melhores seleções de basquete do mundo.
Em busca de seu terceiro título, o Brasil enfrenta a Sérvia amanhã (10), adversário que já foi batido, a duras penas, na primeira fase da competição. A vitória vale uma vaga nas semifinais.
O time do Brasil conta com excelentes jogadores como Nenê Hilário, Tiago Splitter, Anderson Varejão, Leandrinho, Marcelinho Huertas, entre outros. Na partida contra a Argentina, os destaques foram para o pivô Varejão, que ganhou quase todos rebotes que disputou, e para o armador Raulzinho, que saiu do banco e marcou 21 pontos dos 85 conquistados pelo Brasil.
Os outros dois títulos mundiais brasileiros aconteceram em 1959 e 1963, o primeiro no Chile e o segundo no Brasil. No time campeão de 1959 estavam figuras como Wlamir Marques, Algodão, Amaury Pasos, Édson Bispo e Waldemar Blatskauskas.
Já em 1963, o forte time do Brasil era composto por Wlamir Marques, Rosa Branca, Victor Mirshawka, Amaury Pasos e Ubiratan. Nos dois títulos mundiais conquistados os times foram comandados pelo técnico Kanela.
Publicado na edição nº 9743, dos dias 9 e 10 de setembro de 2014.