Antônio Carlos Álvares da Silva
A semana foi movimentada. Dilma foi a reunião de Davos, na Suíça, onde anualmente, se reúnem os representantes dos países mais poderosos do mundo. Em sua estreia nessa reunião, seu discurso se limitou em pedir investimentos estrangeiros para o Brasil, assegurando, que o retorno econômico será garantido, pelas condições do nosso país. Repetiu, o que já havia dito em Nova York, a empresários americanos, quando foi abrir a última conferência anual da ONU. Mais uma vez, rendeu-se à realidade: Para crescer, a economia do Brasil necessita de capitais estrangeiros, para complementar os investimentos dos empresários nacionais. Quando ouço um líder do PT fazer essa declaração pública ao mundo, não consigo evitar um sorriso irônico. Até alguns anos atrás, todos nossos esquerdistas tinham como tema principal de sua arenga, maldizer o capital estrangeiro. Diziam, ser ele a causa de todas as desgraças, que afligiam o explorado povo brasileiro. Aliás, até na última eleição, os esquerdistas se revoltavam contra as privatizações das empresas de telefonia e de eletricidade. Hoje, esse discurso foi para a gaveta, porque o governo está privatizando, portos, aeroportos e estradas. Mas, para não afligir demais os petistas radicais e atrasados, Dilma resolveu dar-lhes uma colher de chá: Na volta, fez uma parada em Cuba, para inaugurar o Porto de Mariel e dar uma coçada na barba do Fidel. Esse porto foi construído com financiamento de 802 milhões de dólares, fornecido pelo nosso BNDES, com juros subsidiados. Minha aposta é que Cuba não vai pagar. Porém, como trapalhada pouca é bobagem, Dilma prometeu emprestar mais 290 milhões de dólares, para a implantação de uma zona de desenvolvimento do Porto Mariel. Ela justificou, alegando ser o porto o terceiro mais importante do caribe. Vocês querem saber, o que significa essa justificativa: Absolutamente nada! Porque o resumo da realidade, é que saíram da carente economia brasileira, 2 bilhões, seiscentos e quarenta e dois milhões de reais, para auxiliar Cuba e afagar os irmãos Castro. Isso, quando os portos de Santos e de Paranaguá não conseguem escoar nossa safra, por falta de investimentos em infraestrutura (armazéns e estradas de acesso).
Resumo da farsa: Dilma pede para empresas estrangeiras investirem no Brasil, enquanto o governo brasileiro dá dinheiro subsidiado, para Cuba, Bolívia, Venezuela e Argentina. Prejudica todos brasileiros, que pagam impostos, para agradar nossos esquerdistas e para tentar uma liderança regional até hoje nunca aceita. O duro é que, depois de tudo isso, ela aparece dezenas de vezes na TV, contando vantagem dessas asneiras.
(Colaboração de Antônio Carlos Álvares da Silva, advogado bebedourense).
Publicado na edição nº 9653, dos dias 1º, 2 e 3 de fevereiro de 2014.